da Reportagem Local

Agora é a vez dos produtores rurais. Com o objetivo de chamar a atenção do governo para os problemas do campo, Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federações da Agricultura, sindicatos, cooperativas e associações de produtores estão organizando o movimento Acordo Rural: + Alimentos + Empregos + Renda, com previsão de chegar a Brasília no próximo dia 16.
A intenção é envolver cerca de mil caminhões e ônibus em dois comboios, que devem partir das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, um saindo de Erechim (RS), no dia 11, e outro, no dia 13, partindo de Rondonópolis (MT).
As reivindicações incluem, em defesa do aumento de produção e da pauta das exportações agropecuárias, uma série de soluções dos problemas que impedem o crescimento agrícola, diz a CNA.
A proposta das lideranças rurais defende um pacto de produção, envolvendo governo e produtores rurais. Três problemas são apontados como grave pelo setor: a perda de renda no campo, o desrespeito à propriedade e o endividamento rural.
O Congresso já recebeu das entidades documentos que pedem agilidade na votação de matérias urgentes para o setor agrícola.
Entre as sugestões apontadas pelo documento está a alteração de um decreto que permita que a propriedade rural invadida não possa ser vistoriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de desapropriação para reforma agrária no prazo de cinco anos após a desocupação do imóvel.
As outras propostas contêm sugestões de medidas para o aumento da renda no campo e a renegociação de todos os débitos dos produtores em prazo de 20 anos. O produtor rural pagaria juros anuais de 3% ao ano, com quatro anos de carência.


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