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MACROBIÓTICA
Parte das verduras vem do próprio sítio
Restaurante produz os seus alimentos
VERENA GLASS
free-lance para a Folha
Produzir parte dos alimentos
oferecidos aos clientes pode não
dar muito lucro para restaurantes, mas certamente garante um
padrão de qualidade que atrai e
agrada a clientela.
Foi o que descobriu Nadir
Khouri, dona do tradicional restaurante macrobiótico Arroz de
Ouro, no Largo do Arouche, centro de São Paulo.
O restaurante, que está completando 30 anos e há 25 recebe parte
dos alimentos do sítio de Nadir,
chegou a servir um banquete para
estrelas de cinema, e hoje é muito
procurado por turistas estrangeiros, constando em um guia internacional de restaurantes.
Em sua propriedade de 24 mil
m2 em Santana do Parnaíba (40
km a oeste de São Paulo), Nadir
planta verduras, legumes, todo tipo de tubérculos (mandioca,
mandioquinha, cará e inhame),
temperos e chás, além de feijão
adzuki e milho, que abastecem o
seu restaurante.
Ela também cria galinhas caipiras, patos e codornas, que fornecem tanto a carne quanto os ovos.
Atualmente, a produção do sítio, que não inclui os cereais, cobre cerca de 20% da demanda total do restaurante.
"Mas estamos ampliando a área
e a variedade dos produtos. Para a
próxima temporada pretendemos ser praticamente auto-suficientes, excluindo os cereais", diz.
O excedente da produção deve
ser vendido na feira de agricultura
orgânica no Parque da Água
Branca, que promete garantir um
bom retorno financeiro.
Economicamente, Nadir diz
que a produção de alimentos para
o restaurante em si não é um investimento lucrativo, já que o
plantio orgânico é mais difícil e
trabalhoso, mas também não chega a dar prejuízo.
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