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Maués vai
colher 350 t
de guaraná
DO ENVIADO ESPECIAL
Há pouco mais de uma década, o guaraná espalhou riqueza
em Maués e região. A safra chegou a 1.200 toneladas e o quilo
ao produtor era cotado a R$ 22.
"Muita gente comprou barco
de luxo, casa em Manaus, enfim, torrou o guaraná e torrou
o dinheiro", recorda Vitor Nogueira, 73, ex-agricultor.
Fundado em 1798, o município de Maués tem 40 mil habitantes. Do total, pelo menos
1.600 são produtores de guaraná e a grande maioria entrega o
fruto torrado à AmBev.
Maués fica na chamada Amazônia Ocidental, assim como
cidades vizinhas, como Boa
Vista do Ramos, Itacotiara e
Urucará, cuja população total
de plantadores da fruta supera
6.000 pessoas.
Maués e esses municípios,
aos quais se tem acesso pelo rio
Negro e pelo rio Amazonas, entre outros, estão no auge da colheita deste ano.
Findos os tempos de fartura,
a região deve colher 350 toneladas (350 mil quilos de guaraná
torrado).
"Isso significa cerca de 60%
da produção da Amazônia",
diz Renato Cardoso.
A produção vai aumentar
nos próximos anos, segundo
Cardoso, devido à descoberta
pela Embrapa local de variedades mais produtivas e que foram repassadas aos plantadores de guaraná.
A AmBev pagou R$ 4,60 o
quilo ao produtor no ano passado. A Folha apurou junto a
alguns agricultores que o preço
""cobriu os custos" e que alguns
plantadores receberam uma
cotação melhor devido à qualidade do guaraná.
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