São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2001

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Maués vai colher 350 t de guaraná

DO ENVIADO ESPECIAL

Há pouco mais de uma década, o guaraná espalhou riqueza em Maués e região. A safra chegou a 1.200 toneladas e o quilo ao produtor era cotado a R$ 22. "Muita gente comprou barco de luxo, casa em Manaus, enfim, torrou o guaraná e torrou o dinheiro", recorda Vitor Nogueira, 73, ex-agricultor.
Fundado em 1798, o município de Maués tem 40 mil habitantes. Do total, pelo menos 1.600 são produtores de guaraná e a grande maioria entrega o fruto torrado à AmBev.
Maués fica na chamada Amazônia Ocidental, assim como cidades vizinhas, como Boa Vista do Ramos, Itacotiara e Urucará, cuja população total de plantadores da fruta supera 6.000 pessoas.
Maués e esses municípios, aos quais se tem acesso pelo rio Negro e pelo rio Amazonas, entre outros, estão no auge da colheita deste ano.
Findos os tempos de fartura, a região deve colher 350 toneladas (350 mil quilos de guaraná torrado).
"Isso significa cerca de 60% da produção da Amazônia", diz Renato Cardoso.
A produção vai aumentar nos próximos anos, segundo Cardoso, devido à descoberta pela Embrapa local de variedades mais produtivas e que foram repassadas aos plantadores de guaraná.
A AmBev pagou R$ 4,60 o quilo ao produtor no ano passado. A Folha apurou junto a alguns agricultores que o preço ""cobriu os custos" e que alguns plantadores receberam uma cotação melhor devido à qualidade do guaraná.


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