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CARNE NOBRE
Abatidos até cinco meses, os bezerros holandeses dão lucro de 20% sobre custos
Fazendeiro troca leite pelo vitelo
SEBASTIÃO NASCIMENTO
enviado especial a Taubaté (SP)
Desiludido com a pecuária leiteira, Giovan Streparava, 43, de
Taubaté (134 km a nordeste de
São Paulo), vendeu as vacas e partiu para a criação de vitelos (bezerros com idade inferior a um
ano). Hoje ele fornece a carne nobre para restaurantes e empórios
da capital e do Vale do Paraíba.
Na fazenda São João, de 455 ha,
a 8 km do centro de Taubaté, ele
abate 20 vitelos/mês, o equivalente a cerca de 1.400 kg de carne. Cada animal abatido rende, em média, 70 kg de carne após a desossa.
Devido à qualidade da carne do
vitelo, o mercado paga mais por
ela. ""É caro e trabalhoso engordar
o vitelo, mas compensa", diz o
criador. Do nascimento ao abate,
que ocorre entre quatro e cinco
meses de idade, o custo é de R$
400 em média por cabeça.
O ganho por cabeça está em torno de 20%, diz Streparava, que há
15 dias abateu 20 delas.
Ele considera ideal a escala de 50
animais/mês, o que lhe proporcionaria um resultado bruto de
R$ 24,5 mil. ""Isso se conseguirmos média de preço de R$ 7/kg
nos cortes", diz ele, que espera alcançar a meta até o final de 99.
A produção de vitelos (que são
filhos de vacas holandesas na São
João) é comum na Europa e nos
EUA, mas ainda rara no Brasil.
A São João recebe R$ 7/kg pelos
cortes mais baratos entregues aos
restaurantes (paleta, costela, peito) e até R$ 26 pelos mais nobres,
caso da picanha e da chuleta.
Já o consumidor paga R$ 24,50
no restaurante Gino, em São Paulo, por um prato de vitelo à milanesa, com rúcula e tomate.
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