do enviado especial

Produzir vitelo dá lucro. Engordar o animal, porém, é um trabalho extremamente delicado.
No Brasil, os pecuaristas costumam até descartar o bezerro macho ou então vendê-lo barato, aproveitando somente as fêmeas para a produção de leite.
O vitelo é tão sensível que um vento superior a 10 km/hora pode derrubá-lo, segundo Streparava. Por isso, as baias onde ele fica são protegidas de intempéries.
A dieta se resume a leite, ministrado na mamadeira, e água. Isso até cerca de três a quatro meses de idade.
Somente entre um mês e um mês e meio antes do abate, ele recebe um tipo de alimento apelidado de ""sucedâneo do leite", feito de soro de leite, leite em pó desnatado, minerais e vitaminas, e desenvolvido por uma empresa da Holanda, a Sloten, que tem filial em Campinas (SP).
A alimentação fraca, segundo Streparava, deixa o animal anêmico e cambaleante, sendo necessária a presença do tratador próximo à baia em período integral.
"É exigência do mercado, pois a carne do vitelo não pode conter ferro, elemento que lhe dá coloração vermelha. Sem o ferro, a carne fica rosada e mais saborosa", diz o fazendeiro.
O animal ingere o mínimo de sal mineral, o que o torna muito fraco e suscetível às doenças.
Ele deve engordar entre 1,3 kg a 1,5 kg ao dia. ""Os que não atingem a meta são descartados", afirma Streparava.




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