São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000

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AGROBUSINESS

SAFRA 2001

Área plantada de milho deve crescer mais de 30% e alcançar 1,3 milhão de ha segundo a estimativa da Conab

Clima favorece o plantio no Centro-Oeste

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O clima favorável, com boa regularidade e distribuição de chuvas, está colaborando para o plantio de grãos no Centro-Oeste.
Em Goiás, mais de 80% do milho e cerca de 50% da soja já estão plantados, de acordo com estimativa da Agência de Desenvolvimento Rural e Fundiário. Mato Grosso já está encerrando o plantio da soja, enquanto em Mato Grosso do Sul grande parte da soja e do milho foi semeada, segundo as secretarias da Agricultura dos Estados.
"Este ano choveu bem no final de setembro e início de outubro, o suficiente para o desenvolvimento normal das culturas", diz Homero Pereira, vice-presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso.
No entanto, Goiás teve um período de falta de chuva em outubro, responsável por um atraso no plantio dos grãos. Mas as chuvas se regularizaram a partir do início de novembro.
Esse período de seca trouxe alguns prejuízos ao plantio do milho. "Houve uma chuva mais cedo, no final de setembro, e alguns produtores plantaram o milho, que foi um pouco afetado pela seca de outubro", diz Pedro Ferreira Arantes, assessor da área de grãos da Federação da Agricultura do Estado de Goiás.
A área plantada de milho deve ter um aumento de 32,9% no Centro-Oeste em relação à primeira safra de 99/2000, podendo chegar a 1,3 milhão de ha, de acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Isso representa uma recuperação da área que havia sido perdida para a soja, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde a Conab estima o aumento de área em 65%, enquanto a Secretaria da Agricultura prevê crescimento de 40,5%.
Para Mato Grosso, o aumento deve ser de 32,5%. Em Goiás, a área será 27,5% maior.
A produção no Centro-Oeste, que nas safras de verão e de inverno (conhecida como safrinha) esteve comprometida por causa do clima, também tende a crescer, ficando entre 33,8% e 39,5%. Essa estimativa não se repete em relação ao preço do produto.
"O milho começou a apresentar uma queda no preço", diz Vânia di Addário Guimarães, pesquisadora da Esalq/USP. Algumas das razões são a importação e a maior disponibilidade do produto no mercado interno. O Brasil aumentou as importações a um preço em dólar cerca de 9,5% menor.


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