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AGROBUSINESS
SAFRA 2001
Área plantada de milho deve crescer mais de 30% e alcançar 1,3 milhão de ha segundo a estimativa da Conab
Clima favorece o plantio no Centro-Oeste
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O clima favorável, com boa regularidade e distribuição de chuvas, está colaborando para o plantio de grãos no Centro-Oeste.
Em Goiás, mais de 80% do milho e cerca de 50% da soja já estão
plantados, de acordo com estimativa da Agência de Desenvolvimento Rural e Fundiário. Mato
Grosso já está encerrando o plantio da soja, enquanto em Mato
Grosso do Sul grande parte da soja e do milho foi semeada, segundo as secretarias da Agricultura
dos Estados.
"Este ano choveu bem no final
de setembro e início de outubro, o
suficiente para o desenvolvimento normal das culturas", diz Homero Pereira, vice-presidente da
Federação da Agricultura de Mato Grosso.
No entanto, Goiás teve um período de falta de chuva em outubro, responsável por um atraso
no plantio dos grãos. Mas as chuvas se regularizaram a partir do
início de novembro.
Esse período de seca trouxe alguns prejuízos ao plantio do milho. "Houve uma chuva mais cedo, no final de setembro, e alguns
produtores plantaram o milho,
que foi um pouco afetado pela seca de outubro", diz Pedro Ferreira
Arantes, assessor da área de grãos
da Federação da Agricultura do
Estado de Goiás.
A área plantada de milho deve
ter um aumento de 32,9% no
Centro-Oeste em relação à primeira safra de 99/2000, podendo
chegar a 1,3 milhão de ha, de acordo com os dados da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab).
Isso representa uma recuperação da área que havia sido perdida
para a soja, principalmente em
Mato Grosso do Sul, onde a Conab estima o aumento de área em
65%, enquanto a Secretaria da
Agricultura prevê crescimento de
40,5%.
Para Mato Grosso, o aumento
deve ser de 32,5%. Em Goiás, a
área será 27,5% maior.
A produção no Centro-Oeste,
que nas safras de verão e de inverno (conhecida como safrinha) esteve comprometida por causa do
clima, também tende a crescer, ficando entre 33,8% e 39,5%. Essa
estimativa não se repete em relação ao preço do produto.
"O milho começou a apresentar
uma queda no preço", diz Vânia
di Addário Guimarães, pesquisadora da Esalq/USP. Algumas das
razões são a importação e a maior
disponibilidade do produto no
mercado interno. O Brasil aumentou as importações a um preço em dólar cerca de 9,5% menor.
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