São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000

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BALANÇO

Em três leilões oficiais, foram vendidos 386 animais à média de R$ 4.199, contra 339 lotes por R$ 3.623 em 1999

Preços do quarto-de-milha sobem 16% neste ano

DA REPORTAGEM LOCAL

A profissionalização do mercado e o deslocamento das atividades (provas, corridas) para outros Estados permitiram que mais cavalos quarto-de-milha fossem vendidos em leilões oficiais e também que se obtivesse um aumento de 16% na média geral neste ano em relação a 99.
Na temporada passada, foram colocados no mercado 339 animais à média de R$ 3.623. Agora, encerrados os leilões oficiais, 386 lotes saíram por R$ 4.199.
No último leilão oficial da raça, no final do mês passado, em Porto Feliz, interior paulista, foram ofertados 111 cavalos. A média alcançou R$ 4.070.
Não houve explosões de preços. O animal mais caro obteve R$ 14,4 mil na batida do martelo. Foi o macho Movar Zorro, de 84 meses de idade, apresentado por José Antônio Moraes Pucci e comprado por Antônio Ricardo Enéas.
Há pelo menos 15 anos acompanhando o mercado do quarto-de-milha, o leiloeiro paulista Nilson Genovesi afirma que, nos últimos tempos, a demanda pela raça em outros Estados foi decisiva para a sua valorização.
""Além de fazer leilões na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Mato Grosso, eu noto a presença de criadores desses Estados comprando nos remates oficiais", diz.

Acima da inflação
Genovesi lembra: ""Há poucos anos, o comércio de quarto-de-milha se restringia a São Paulo."
O leiloeiro ressalta a alta de 16% na média geral deste ano no confronto com 99. ""Isso para uma inflação que deverá chegar no máximo a 6%."
Já Ovídio Vieira, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Quarto-de-Milha, sediada em São Paulo, credita à profissionalização do criador o crescimento do mercado.
""Há muito mais qualidade nos leilões oficiais. Hoje, definitivamente o mercado não mais absorve animais de padrão ruim, o que afasta dos pregões os criadores que não se enquadram", afirma o dirigente.
Vieira diz que o último oficial conseguiu atrair 700 pessoas. ""Havia muita gente nova. Esse também é um diferencial do quarto-de-milha em relação às outras raças equinas."
Um pouco abaixo do preço mais alto (R$ 14,4 mil) aparecem três animais. Cada um saiu por R$ 13,2 mil. São eles: Melody Safari, um macho castrado; Blended Dockie, outro macho e Patti Bomber, uma égua campeã.




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