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CENTRO-OESTE
Formação geológica, fauna e flora favorecem a atividade, que aumenta a receita das fazendas
Cerrado é campo fértil para o turismo
em Bonito (MS)
O cerrado da região Centro-Oeste é uma das regiões mais propícias, devido à sua formação
geológica, para a exploração do
agroturismo.
Diferentemente da Europa, onde a atividade está mais voltada à
produção de alimentos (queijo,
vinho e azeite), o cerrado oferece
uma vasta gama de atrativos naturais: grutas, abismos, cachoeiras, corredeiras -geralmente de
água límpida- e paredões rochosos.
A avaliação é da professora de
biologia da USP Nicia Wendel de
Magalhães, 68, presidente da
ONG (organização não-governamental) Eco Associação para Estudos do Ambiente, de São Paulo,
que presta consultoria para fazendas interessadas em aderir ao
agroturismo.
O trabalho consiste em visitar o
local e analisar as potencialidades
ecológicas, sem deixar de lado os
atrativos culturais da fazenda.
O proprietário precisa colocar a
mão no bolso. Investimentos em
mão-de-obra e infra-estrutura
(recepção, trilhas, pontes e deques, dependendo do espaço)
compõem a primeira etapa.
Cardápio variado
"Os turistas não vêm a Bonito
atrás de estrutura artificial. Estão
aqui para se encantar com o que
há de belo na natureza", diz Hen-
rique Ruas Pereira Coelho, 43, dono da pousada e agência Olho
d'Água e integrante do Conselho
Municipal de Turismo de Bonito.
Indispensável mesmo para ingressar na lista de pontos turísticos é a preservação ambiental.
Caminhadas por trilhas em matas, de preferência com paradas
para banhos em cachoeiras, compõem o cardápio mais apreciado
pelos visitantes, principalmente
os estrangeiros, que se encantam
com a beleza natural de Bonito.
Aqueles pecuaristas que se deixaram dominar pela ambição do
pasto e não respeitaram áreas de
matas ciliares ou de preservação
permanente, por exemplo, dificilmente conseguirão abocanhar esse filão, que vem ganhando espaço e engordando o faturamento
das fazendas (leia texto abaixo).
Outra atração para os visitantes
é a culinária sul-mato-grossense.
Boa parte das fazendas, como a
Ceita Corê e a do rio da Prata, inclui o almoço (farto) no pacote.
Os fazendeiros estão descobrindo que suas terras são também
propícias para a prática de esportes radicais, outra potencialidade
como fonte de renda.
Além das tradicionais aventuras
de mergulho e caminhada, cavalgadas, escaladas, pedaladas e até
vôos começam a desenhar uma
oportunidade de negócios bem
ali, pertinho dos currais das fazendas.
(ROBERTO DE OLIVEIRA)
Onde saber mais - Eco, tel. 0/xx/11/814-3437
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