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Julgamento do guazerá em Uberaba, durante a Expozebu 99, que reuniu 1500 animais

SEBASTIÃO NASCIMENTO
enviado especial a Uberaba (MG)

A Expozebu 99, encerrada no último domingo, em Uberaba, Minas Gerais, faturou R$ 6,9 milhões nos 22 leilões de gado que realizou, e os representantes das empresas de inseminação artificial têm expectativa de obter uma receita superior a R$ 2,5 milhões na venda de sêmen bovino.
Em 1998, a Expozebu, maior feira mundial de gado zebuíno (originário da Índia), conseguiu a receita de R$ 6,4 milhões em 24 pregões, e de R$ 1,5 milhão com sêmen.
O movimento agradou a todos. Para Rômulo Kardec de Camargos, presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), organizadora, a pecuária de corte vive o começo de uma nova fase, o que estimulou os negócios em Uberaba.
Segundo ele, a atividade ganhou com a desvalorização do real. ""Os insumos subiram, porém, o preço da arroba do boi aumentou em real e chegaram outras boas notícias, como o crescimento substantivo na exportação de carne previsto para acontecer neste ano."
Kardec destacou ainda o fato de os principais leilões conseguirem médias superiores às de 1998. O principal deles, por exemplo, o Naviraí, fez a média de R$ 33,7 mil contra uma média de R$ 27,3 mil no ano passado.
O segundo principal leilão (Elo de Raça) também viu a sua média subir dos R$ 17,3 mil do ano passado para R$ 22,4 mil agora.
A vaca mais cara vendida em Uberaba saiu cotada em R$ 156 mil no leilão Naviraí. É Neve da Santa Marta, uma nelore da criação de Cláudio Sabino. O preço é menor ao alcançado pela fêmea Helen da Terra Boa em 1998 (R$ 192 mil).
Segundo Jaime Miranda, há uma outra explicação para o aquecimento dos negócios. ""Tem muita gente entrando na pecuária e, não tenho dúvidas, esse capital vem de industriais urbanos, convictos de que o investimento no campo é mais seguro."
Para Maurício Lima, da Lagoa da Serra, empresa de inseminação artificial que faturou R$ 300 mil na Expozebu (esperava R$ 250 mil), o fazendeiro quer ""tirar o máximo da pecuária hoje, pois a competitividade é imensa, o que explica o investimento alto em genética bovina no país".


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