São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 2000


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Palmeira é fonte de renda para 200 mil nordestinos

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A coleta e o processamento da cera da carnaúba empregam hoje mais de 200 mil trabalhadores no Nordeste, segundo o agrônomo Eugênio Celso Emérito Araújo, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Teresina (PI).
O Sindicarnaúba estima um aumento de 12,5% na produção de cera este ano, alcançando 18 mil t. A safra começa no próximo mês e vai até dezembro.
Segundo o Sindicarnaúba, o Ceará detém 55% da produção, seguido pelo Piauí (35%) e pelo Rio Grande do Norte (10%). São cerca de 450 fornecedores de cera e 13 indústrias beneficiadoras do produto, a maioria no Ceará.
Há três tipos de cera no mercado. A tipo 1 é mais cara, pois contém menos impurezas, pois é extraída de folhas mais novas.
A organização do setor apresenta um racha. Há uma briga entre os exportadores do Ceará e do Piauí, que trocam acusações sobre a qualidade do produto do concorrente. Existem alguns exportadores no Piauí que questionam a representatividade do Sindicarnaúba.

História
Graças ao norte-americano H.F. Johnson Jr, a carnaúba conquistou a fama de produzir a cera natural mais resistente do mundo.
Aos 63 anos, em 1938, o dono da empresa SC Johnson fez uma viagem de três meses dos EUA ao Nordeste brasileiro em um bimotor anfíbio Sikorski S-38. O objetivo da expedição era pesquisar a carnaúba e sua cera para o uso em sua empresa.
Em 1998, Sam Johnson, filho do pioneiro, refez a viagem do pai, em uma réplica do bimotor. A aventura está contada, em inglês, no site "www.scjcarnauba.com".
Ele hoje preside a empresa SC Johnson, presente em mais de cem países. No Brasil, ela vende purificadores de ar, inseticidas, produtos de higiene, limpeza de banheiro e tratamento de pisos.


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