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Palmeira é fonte de renda para 200 mil nordestinos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A coleta e o processamento da
cera da carnaúba empregam hoje
mais de 200 mil trabalhadores no
Nordeste, segundo o agrônomo
Eugênio Celso Emérito Araújo, da
Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária), em Teresina (PI).
O Sindicarnaúba estima um aumento de 12,5% na produção de
cera este ano, alcançando 18 mil t.
A safra começa no próximo mês e
vai até dezembro.
Segundo o Sindicarnaúba, o
Ceará detém 55% da produção,
seguido pelo Piauí (35%) e pelo
Rio Grande do Norte (10%). São
cerca de 450 fornecedores de cera
e 13 indústrias beneficiadoras do
produto, a maioria no Ceará.
Há três tipos de cera no mercado. A tipo 1 é mais cara, pois contém menos impurezas, pois é extraída de folhas mais novas.
A organização do setor apresenta um racha. Há uma briga entre
os exportadores do Ceará e do
Piauí, que trocam acusações sobre a qualidade do produto do
concorrente. Existem alguns exportadores no Piauí que questionam a representatividade do Sindicarnaúba.
História
Graças ao norte-americano H.F.
Johnson Jr, a carnaúba conquistou a fama de produzir a cera natural mais resistente do mundo.
Aos 63 anos, em 1938, o dono da
empresa SC Johnson fez uma viagem de três meses dos EUA ao
Nordeste brasileiro em um bimotor anfíbio Sikorski S-38. O objetivo da expedição era pesquisar a
carnaúba e sua cera para o uso em
sua empresa.
Em 1998, Sam Johnson, filho do
pioneiro, refez a viagem do pai,
em uma réplica do bimotor. A
aventura está contada, em inglês,
no site "www.scjcarnauba.com".
Ele hoje preside a empresa SC
Johnson, presente em mais de
cem países. No Brasil, ela vende
purificadores de ar, inseticidas,
produtos de higiene, limpeza de
banheiro e tratamento de pisos.
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