São Paulo, terça, 24 de fevereiro de 1998

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AGROBUSINESS
Café do Brasil entra em campo na Copa

FÁBIO EDUARDO MURAKAWA
free-lance para a Folha

A exemplo do futebol, o Brasil pretende valorizar também o café nacional na Copa do Mundo, que começa em junho próximo na França.
A Folha apurou que um plano de marketing, destinado a divulgar o café brasileiro no exterior, está na gaveta do ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo, Francisco Dornelles, e deve ser anunciado no início de março, após encontro do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC).
A campanha envolverá recursos de US$ 10 milhões, provenientes do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira). Mas pode haver ainda uma verba suplementar de US$ 10 milhões.
"O dinheiro destinado ao marketing do café em 97 não foi usado e será aproveitado este ano", diz o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Gilson Ximenes.
A agência responsável pela campanha é a Standard Ogilvy & Mather, segundo apurou a Folha.
O chefe do Denac (Departamento Nacional do Café), José Luís Monteiro, porém, diz que a campanha depende ainda de aprovação do ministro.
A julgar pelo que aconteceu na Copa Ouro, disputada este mês nos EUA, no entanto, a campanha já está nas ruas.
Durante os jogos do Brasil, foram afixadas placas publicitárias nos estádios de Miami e Los Angeles, divulgando o café nacional.
Segundo Ruy Brisolla, vice-presidente da Traffic, empresa responsável pelos contratos publicitários da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o anúncio custou US$ 200 mil e foi negociado diretamente com a Standard.
"A agência ficou de nos dar uma resposta depois do Carnaval sobre outras ações publicitárias e sobre os valores que pedimos", afirma.
Placas nos campos de treinamento da seleção, quiosques na concentração dos jogadores e em hotéis da França, e distribuição de cafezinho aos jornalistas durante a cobertura da Copa, sempre com o slogan "Café do Brasil".
Essas são apenas algumas das ações publicitárias que farão parte da campanha.
"Já estou em contanto com empresas especializadas em organizar torcidas", afirma Brisolla.
Segundo o vice-presidente do CNC, Manoel Bertone, uma torcida organizada, de 2.000 a 4.000 componentes, estará presente nos jogos da seleção, vestindo a "camisa" do café brasileiro.
Um outro espaço, em frente ao museu do Louvre, em Paris, também pode ser destinado à propaganda do café brasileiro, diz.
Haverá ainda placas durante os jogos de Gustavo Kuerten na Copa Davis deste ano e merchadising em telenovelas.



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