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LEILÕES & CRIAÇÃO
A fazenda Sabiá recebeu 1.200 pecuaristas sábado e faturou R$ 2,1 milhões; vaca saiu por R$ 210 mil
Crise não atrapalha o gado nelore de elite
DA REPORTAGEM LOCAL
A pecuária de elite passa ao largo de mais uma crise. É o que indicam os últimos resultados dos
pregões de nelore em fazendas
tradicionais.
No último sábado, por exemplo,
o leilão Sabiá, que tem à frente o
pecuarista e empresário mineiro
Alberto Laborne Valle Mendes,
colocou 102 animais no mercado
e faturou R$ 2,1 milhões, com média de R$ 20,5 mil.
O evento foi realizado na cidade
de Capitólio.
Uma vaca nelore foi negociada
por R$ 210 mil. Ela pertencia à fazenda Sabiá e foi adquirida por
Marcos Marcelino, criador vindo
do Pará.
O animal vai ser pago em 14 parcelas mensais de R$ 15 mil.
Segundo Paulo Horto, da Programa, empresa organizadora,
outras vacas saíram por valores
acima de R$ 100 mil.
""Foi a 11ª versão do leilão. Ela
superou todas as anteriores", afirma Horto.
Segundo ele, a fazenda Sabiá
acolheu 1.200 fazendeiros de todo
o país para o leilão.
""Pelo menos 20 aviões chegaram", diz Paulo Horto.
O público misturava fazendeiros tradicionais e empresários
vindos diretamente das grandes
cidades brasileiras, afirma ele.
Há 15 dias, o pregão da fazenda
Baluarte havia conseguido uma
receita de R$ 1,573 milhão com a
comercialização de 87 animais.
Realizado na cidade de Patos de
Minas, o Baluarte vendeu 21 vacas
pela média de R$ 40,8 mil.
Duas bezerrinhas emplacaram
resultado médio de R$ 40,6 mil.
A média geral do Baluarte, que
colocou um total de 87 animais no
mercado, foi de R$ 18,8 mil.
Os bons resultados desses leilões mostram, na opinião de Paulo Horto, cuja empresa realizou os
dois eventos, que os fazendeiros
continuam acreditando na pecuária de corte.
""Os animais apresentados são
de elite, melhoradores de plantel,
ou seja, quem os adquire mostra
confiança no futuro ao procurar o
aprimoramento do seu gado."
No início de maio deste ano, o
presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Zebu,
Rômulo Kardec de Camargos,
diante do faturamento alto obtido
nas vendas da Expozebu, em Uberaba (MG), previu que as exigências cada vez mais severas em relação à qualidade da carne valorizariam muito o nelore.
""Tanto para o comércio internacional como para o mercado
interno, a carne magra do animal
criado a pasto será a preferida."
Na ocasião, puxados pelo nelore, os negócios explodiram e alcançaram R$ 24,6 milhões, resultado quase 100% superior aos R$
12,5 milhões da Expozebu realizada no ano passado.
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