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Preços do trigo sobem 36% no Paraná a 60 dias da nova safra
da Reportagem Local
Contrariando as previsões, o
preço do trigo começa a apresentar sinais de recuperação a cerca
de 60 dias da entrada da nova safra brasileira. A desvalorização
cambial tornou o trigo importado
mais caro e pode fortalecer o nacional no mercado interno.
No Paraná, o maior Estado produtor de trigo do país, o agricultor
está conseguindo R$ 210/t nos
contratos futuros para entregar a
mercadoria no final de setembro.
Esse preço representa um reajuste de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.
A expectativa de agricultores e
cooperativas é que o preço do trigo fique entre R$ 230/t e R$ 250/t
durante a colheita.
O preço mínimo estipulado pelo governo nesta safra será de R$
185/t, o que representa cerca de
US$ 100. Na temporada passada,
o trigo foi cotado pelo valor mínimo de R$ 157/t, o que na época
correspondia a US$ 140.
De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), do
Paraná, o custo de produção é de
R$ 210/t.
O trigo da Argentina, um dos
principais fornecedores do Brasil,
está chegando por aqui, em média, a R$ 290/t.
Nos moinhos do interior, o trigo pode chegar ainda mais caro, o
que deve ajudar a escoar a oferta
da safra brasileira.
"Os produtores brasileiros não
vêm obtendo lucro com a cultura
nos últimos anos. O reflexo dessa
decepção está na lavoura, que
vem perdendo terreno", diz Otmar Hubner, especialista em trigo, do Deral.
No Paraná, que responde por
70% da produção nacional de trigo, a área caiu 19% nesta safra. A
cultura deverá ocupar 726 mil ha.
A produção prevista varia de 1,4
milhão de t a 1,6 milhão de t, quase a mesma da safra anterior, que
sofreu perda de 20% por causa da
chuva durante a colheita.
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