São Paulo, terça-feira, 01 de janeiro de 2002

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PFL já negocia apoio a Tuma

DA REPORTAGEM LOCAL

O PFL tem sido o protagonista dos mais recentes lances da corrida para o Senado. Partido da governadora Roseana Sarney (MA), vem sendo assediado por vários candidatos a governador, com a promessa de garantir um palanque sólido para as pretensões da presidenciável. No pacote estaria a garantia de total estrutura para a reeleição de Romeu Tuma (PFL).
Os pefelistas já firmaram compromisso político com os tucanos, para participar da coligação com Geraldo Alckmin (PSDB). Nesse caso, Roseana terá de dividir palanque paulista com José Serra, presidenciável tucano.
Como a convenção acontece só em junho, nada impede que o PFL migre para outra candidatura que garanta palanque exclusivo a Roseana ou mesmo que lance candidato próprio. Nesse caso, o nome seria o do próprio Tuma.
O senador mostra-se animado com a hipótese de tentar o Palácio dos Bandeirantes: "O partido tem de refletir bastante. É preciso olhar com atenção os 11% que eu tive na pesquisa Datafolha. Não é um índice de se jogar fora", diz. Mesmo assim, ele admite que a "tendência" hoje é mesmo manter a aliança com os tucanos.
Caso lançasse candidatura própria, o PFL provocaria uma reviravolta no quadro sucessório. PPS e PTB, por exemplo, poderiam se ver tentados a indicar senadores na chapa de Geraldo Alckmin. Ou o PSDB poderia lançar dois nomes, em vez de apenas um.
O assédio mais ostensivo ao PFL vem de PPB, PL e PMDB. "Já apoiamos o PFL na eleição municipal, faz apenas um ano. Não vejo por que a aliança não possa ser reeditada agora", diz o deputado peemedebista Marcelo Barbieri.
Já Francisco Rossi, do PL, diz que está aberto para garantir um palanque para Roseana no Estado. "PFL e PL, é só um "F" de diferença", declara.
Paulo Maluf, do PPB, também sonha com a aliança com os pefelistas. "Seria um movimento natural. Grande parte da base do PFL é malufista. Em muitas cidades do interior, estamos juntos", diz o presidente do diretório paulista, Jesse Ribeiro.
É grande a possibilidade, no entanto, de o PPB seguir sozinho na eleição de 2002: o partido vem sendo rechaçado pelas legendas que procura. Neste cenário, o partido de Paulo Maluf teria de buscar em suas próprias fileiras candidatos ao Senado. Entre os nomes lembrados por Ribeiro estão os deputados federais Delfim Netto (caso não vingue sua pré-candidatura a presidente), Vadão Gomes e Cunha Bueno. (FZ)



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