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PFL já negocia apoio a Tuma
DA REPORTAGEM LOCAL
O PFL tem sido o protagonista
dos mais recentes lances da corrida para o Senado. Partido da governadora Roseana Sarney (MA),
vem sendo assediado por vários
candidatos a governador, com a
promessa de garantir um palanque sólido para as pretensões da
presidenciável. No pacote estaria
a garantia de total estrutura para a
reeleição de Romeu Tuma (PFL).
Os pefelistas já firmaram compromisso político com os tucanos, para participar da coligação
com Geraldo Alckmin (PSDB).
Nesse caso, Roseana terá de dividir palanque paulista com José
Serra, presidenciável tucano.
Como a convenção acontece só
em junho, nada impede que o PFL
migre para outra candidatura que
garanta palanque exclusivo a Roseana ou mesmo que lance candidato próprio. Nesse caso, o nome
seria o do próprio Tuma.
O senador mostra-se animado
com a hipótese de tentar o Palácio
dos Bandeirantes: "O partido tem
de refletir bastante. É preciso
olhar com atenção os 11% que eu
tive na pesquisa Datafolha. Não é
um índice de se jogar fora", diz.
Mesmo assim, ele admite que a
"tendência" hoje é mesmo manter a aliança com os tucanos.
Caso lançasse candidatura própria, o PFL provocaria uma reviravolta no quadro sucessório. PPS
e PTB, por exemplo, poderiam se
ver tentados a indicar senadores
na chapa de Geraldo Alckmin. Ou
o PSDB poderia lançar dois nomes, em vez de apenas um.
O assédio mais ostensivo ao PFL
vem de PPB, PL e PMDB. "Já
apoiamos o PFL na eleição municipal, faz apenas um ano. Não vejo
por que a aliança não possa ser
reeditada agora", diz o deputado
peemedebista Marcelo Barbieri.
Já Francisco Rossi, do PL, diz
que está aberto para garantir um
palanque para Roseana no Estado. "PFL e PL, é só um "F" de diferença", declara.
Paulo Maluf, do PPB, também
sonha com a aliança com os pefelistas. "Seria um movimento natural. Grande parte da base do
PFL é malufista. Em muitas cidades do interior, estamos juntos",
diz o presidente do diretório paulista, Jesse Ribeiro.
É grande a possibilidade, no entanto, de o PPB seguir sozinho na
eleição de 2002: o partido vem
sendo rechaçado pelas legendas
que procura. Neste cenário, o partido de Paulo Maluf teria de buscar em suas próprias fileiras candidatos ao Senado. Entre os nomes lembrados por Ribeiro estão
os deputados federais Delfim Netto (caso não vingue sua pré-candidatura a presidente), Vadão
Gomes e Cunha Bueno.
(FZ)
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