|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cai pessimismo com a inflação
DA REDAÇÃO
Os eleitores brasileiros chegaram ao final do segundo mandato
de Fernando Henrique Cardoso
(1999-2002) menos pessimistas
com a inflação do que nos quatro
anos que se passaram.
Pesquisa Datafolha feita dos
dias 9 a 11 de dezembro mostra
que 46% dos entrevistados acreditam que a inflação vá aumentar.
A taxa ainda é alta, mas representa queda em relação a agosto,
quando 54% disseram esperar
que a inflação subiria.
No mesmo período, triplicou de
9% para 27% a taxa dos que acreditam em queda na inflação. E
passou de 25% para 21% o percentual dos que acham que a inflação vá ficar como está.
A taxa atual de pessimismo
(46%) é bem menor do que os
68% registrados em fevereiro de
1999, logo após a desvalorização
do real. E volta ao nível de dezembro de 1998, quando o real ainda
valia pouco menos de US$ 1. Naquele mês, 48% dos entrevistados
diziam esperar alta na inflação.
Uma possível explicação para a
queda no pessimismo é o alto patamar em que está a inflação -as
pessoas podem acreditar que o teto tenha sido atingido. Medida
pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV, a inflação foi de 1,78% em 1998 e de
25,31%, no acumulado de 2002.
O Datafolha também verificou
melhora em outras expectativas
econômicas na pesquisa de dezembro em relação à de agosto.
A taxa dos que acham que o desemprego vá cair passou de 20%
para 39%; e a dos que esperam
um aumento no poder de compra
dos salários foi de 28% para 38%.
A parcela dos que acham que a
situação econômica do país vá
melhorar subiu de 28% para 48%,
e a dos que consideram que sua
situação econômica (pessoal) vá
melhorar, de 42% para 54%. A
margem de erro da pesquisa é de
dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
(RF)
Texto Anterior: Datafolha: Esperança em Lula é a maior desde Collor Próximo Texto: Elio Gaspari: O primeiro balanço do fim do governo de Lula Índice
|