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ESTADOS
Novos ocupantes do cargo e reeleitos enfrentam dificuldades para realizar investimentos e cumprir promessas de campanha
Estabilizar contas é desafio para governadores
DA AGÊNCIA FOLHA
Cortar gastos, aumentar a arrecadação e equacionar as dívidas
que impedem investimentos e
ameaçam os salários dos servidores são as principais metas e desafios dos governadores que assumem hoje e daqueles que partem
para um segundo mandato.
É o que vai ocorrer com Aécio
Neves (PSDB), 42. O tucano terá a
difícil tarefa de tirar as finanças de
Minas do buraco e retomar investimentos. O rombo fiscal projetado no Estado para 2003 é de R$ 2,3
bilhões. Além disso, há as dívidas.
A fundada, que inclui a dívida
com a União e externa, está em R$
32 bilhões. O Estado tem que desembolsar 13% da sua receita com
as prestações mensais. Neste ano,
o 13º saiu só a partir do dia 23 para
cerca de 450 mil servidores.
Dinheiro para pagar os servidores também é problema para o
governador reeleito de Mato
Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT,
52. Ele inicia o seu segundo mandato com uma dívida de cerca de
R$ 4,7 bilhões (estimativa de novembro), cerca de quatro vezes
maior que a arrecadação anual.
Para evitar que os salários dos
servidores de novembro, dezembro e o 13º atrasassem, Zeca teve
que fazer um empréstimo.
Já para Roberto Requião
(PMDB), 61, que assume o governo do Paraná no lugar de Jaime
Lerner (PFL), a herança imediata
será uma queda-de-braço com as
concessionárias das rodovias, na
conta do reajuste das taxas de pedágio, aplicado há uma semana.
Requião prometera cortar o
preço do pedágio pela metade.
Sem acordo com o governo atual,
as concessionárias garantiram o
reajuste na Justiça. Requião recebe um governo com os pagamentos em dia, mas sem dinheiro para
investir nos programas próprios.
O governador gaúcho eleito,
Germano Rigotto (PMDB), 53,
tem nas estradas federais uma
questão primordial a ser resolvida. Ele tentará rever as determinações da medida provisória que liberou para os Estados recursos
referentes a gastos com as rodovias federais e exigiu em troca o
compromisso de assumir a manutenção de trechos.
O governador reeleito de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos
(PMDB), 60, quer promover uma
reforma administrativa para adequar a estrutura do primeiro escalão a um esperado período de dificuldades. Secretarias serão fundidas ou extintas.
O governador reeleito do Maranhão, José Reinaldo Tavares
(PFL), 63, seria o primeiro a tomar posse. Ela estava marcada para o primeiro minuto de hoje.
Segundo a assessoria de Tavares, o horário foi escolhido para
que ele pudesse ir a Brasília assistir à posse presidencial.
No Acre o governador reeleito,
Jorge Viana (PT), 53, tomaria
posse à 0h30 -3h30 em Brasília.
O objetivo também era chegar a
tempo da posse em Brasília.
(FABIANO MAISONNAVE, PAULO PEIXOTO,
MARI TORTATO, LÉO GERCHMANN, FÁBIO
GUIBU E EDUARDO DE OLIVEIRA)
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