São Paulo, Terça-feira, 01 de Fevereiro de 2000


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PAINEL

Aumento togado 1

O Planalto estuda um aumento salarial para juízes. As negociações sobre o teto salarial comum para servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário fracassaram e os juízes ameaçam cruzar os braços. Brasília considera o assunto urgente.

Aumento togado 2

O Planalto não quer a criação de um teto salarial que implique em aumento generalizado para a cúpula dos três Poderes. É que sabe que não terá como dar um bom reajuste para o salário mínimo em 1º de maio. Com razão, acha que pegaria mal.

Mão aberta

Os deputados Luiz Antônio Medeiros (PFL-SP) e Paulo Paim (PT-RS) preparam um projeto de aumento do salário mínimo para US$ 100 em 1º de maio. O projeto também prevê um abono de US$ 50 para quem ganha até 10 salários mínimos.

Moeda de troca

A aliança PFL-PT conta com as bênçãos de ACM e pode ser usada na negociação do Fundo de Combate à Pobreza.

Toma lá...

A União pagará neste ano R$ 3,8 bilhões dos R$ 4,2 bilhões reivindicados pelos Estados como ressarcimento da Lei Kandir. O acordo foi fechado pela comissão de governadores encarregada de negociar com o governo federal mudanças na lei. O resto será pago em 2001.

...dá cá

Em troca de mudanças na Lei Kandir, os estados reduzirão em 20% as alíquotas interestaduais de ICMS para bens de capital e implementos agrícolas. Hoje, essas alíquotas variam de 6% a 15% do valor do produto.

À francesa

Tem gente no governo defendendo que Rafael Greca deixe o Ministério dos Esportes para comandar a campanha de prefeitos do PFL. Seria a melhor maneira de o ministro ter uma saída honorosa em alguns meses. O governo acha que Greca deve sair, mas não quer abandoná-lo. O problema é que o PFL não abre mão do cargo.

Ânimos exaltados

O ministro Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) não aguenta mais falar no presidente da Escelsa, Francisco Gomide. Cogitou não ir ao lançamento do programa Luz no Campo em Mato Grosso do Sul na quinta passada só para não ter que encontrar com Gomide.


Globalização

A Receita andava intrigada com a superlotação de empresas financeiras no pequeno município de Três Rios, no Estado do Rio. Descobriu que a prefeitura de lá reduziu o ISS para atrair investimentos. Com o incentivo, um banco de investimentos carioca criou mais de 70 empresas na pequena cidade.

City tour

O governador Neudo Campos colocou um helicóptero de quatro lugares à disposição dos empresários que forem a Roraima. Os visitantes terão direito a uma das três viagens diárias para conhecer o Estado.


Canto das sereias

O PFL quer roubar o senador José Alencar (MG) do PMDB. Logo ele, principal aliado de Itamar Franco no Senado. O senador anda meio magoado com o ex-presidente, mas ouve com atenção o canto das sereias dos dois lados. Está vai, não vai.

Grandes esperanças

Paulo Renato (Educação) tem uma teoria sobre a candidatura de Geraldo Alckimin (PSDB) à Prefeitura. O ministro acha que ele pode decolar no último instante, como fez Covas, e chegar ao segundo turno. Se chegar lá, a vitória estaria garantida.

Visita à Folha

Ronaldo Fabrício, diretor-técnico da Comissão de Energia do Rio de Janeiro e presidente da Eletrobrás Termonuclear S.A., Luiz Soares, superintendente de Relações Institucionais da Eletrobrás Termonuclear S.A., e Jacyra Octaviana, assessora de imprensa, visitaram ontem à Folha, onde foram recebidos em almoço.

TIROTEIO

De Paulo Hartung (PPS-ES), sobre o Refis, o programa de refinanciar as dívidas com o INSS e a Receita Federal:
- É bom, porque tira as empresas do imobilismo. Mas não deixa de ser um mea culpa do governo, que colocou os juros na estratosfera por muito tempo e impõe carga tributária brutal aos empresários.

CONTRAPONTO

Acidente de percurso
A campanha estava acirrada em Mato Grosso do Sul em 1998. Pedro Pedrossian (PTB) concorria ao governo com Ricardo Bacha (PSDB) e Zeca do PT, que acabou eleito.
O petebista Armando Anache, de Corumbá, concorria à deputado estadual. Decidiu fazer uma carreata. Arrumou um caminhão de som.
De frente para o povo e de costas para a frente do caminhão, Anache alardeava seus projetos para o Estado quando foi interrompido por um eleitor.
-Abaixa!
O candidato contra-atacou.
-Bacha nada! Eu sou eleitor de Pedro Pedrossian! Pedrossian governador e Anache deputado estadual!- reagiu, esgoelando-se ao microfone.
-Abaixa!- gritaram, dessa vez, mais eleitores.
-Já disse que a chapa é Pedrossian e Anache.
Mal concluiu, o deputado subitamente foi jogado para trás. Sua cabeça bateu num fio. Anache caiu e quebrou o braço. Pior: perdeu a eleição.


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