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RESPONSABILIDADE FISCAL
Dispositivo apresentado pelo PTB, que tem apoio dos governistas, deve ser votado hoje
Lei pode incluir gasto com terceirizados
DENISE MADUEÑO
da Sucursal de Brasília
O governo vai tentar incluir as
despesas com trabalhadores que
prestam serviços terceirizados no
limite de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade
Fiscal. Pela lei, os Estados e os municípios não podem gastar mais
do que 60% de suas receitas com o
pagamento de pessoal. Esse limite
é de 50% para a União.
Com a inclusão dos terceirizados, mais cargos poderão ser extintos e poderá haver mais redução da jornada de trabalho e dos
salários para que o administrador
cumpra a lei.
O dispositivo, apresentado pelo
PTB, tem o apoio do governo e será votado na sessão de hoje da Câmara. "É uma proposta interessante. Sou favorável a isso", afirmou o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP).
A conclusão da votação da lei é a
prioridade do governo nesta semana. A preocupação do Palácio
do Planalto é conseguir manter o
texto como foi aprovado na semana passada, derrotando as tentativas de modificação com as votações de dispositivos separados.
A oposição vai tentar alterar o
item que privilegia o pagamento
de juros em detrimento de investimentos sociais. O dispositivo
proíbe que o eventual crescimento da economia seja usado para
despesas e canaliza o uso dos recursos para pagamento de juros.
O PT quer modificar outros
pontos do projeto que permitem
o endividamento ou o corte de
gastos em outras áreas para o pagamento de juros.
"Esse é um ponto problemático.
Teremos de derrotar essa mudança", afirmou Madeira. O líder
considera complicada a tentativa
do PFL, partido da base, de modificar o projeto.
O líder do partido na Câmara,
Inocêncio Oliveira (PE), apresentou pedidos de votação separada
para dois dispositivos: o que aumenta o limite de despesa do Legislativo de 3% para 5% do Orçamento e o que estabelece o período de transição para a entrada em
vigor da lei.
Esse dispositivo adia para 2002
a entrada em vigor da lei -após
as eleições municipais, portanto.
"Há o compromisso do PFL de retirar os destaques (pedidos de votação), mas isso ainda não aconteceu", disse Madeira.
O líder vai tentar convencer os
partidos da base a retirar os pedidos de votação para permitir a
conclusão do projeto ainda hoje.
Há 11 destaques, que podem ser
reduzidos para sete, se houver
acordo com os líderes.
A aprovação da lei é prioridade
do governo na convocação extraordinária, que termina dia 14.
Nesta semana, o governo vai tentar também aprovar urgência para votar o projeto de lei que prevê
as penalidades para os chefes de
Executivo que infringirem a lei.
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