São Paulo, terça-feira, 01 de fevereiro de 2005

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Petista diz que fita não tinha "consistência"

DA REDAÇÃO

O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), ex-presidente da comissão de averiguação da prefeitura que apurou o caso Lubeca, afirmou ontem que só teve conhecimento da fita após o final das investigações. Segundo ele, a averiguação não foi reaberta porque considerou na época que a fita com a conversa do advogado José Firmo Ferraz Filho era um fato sem "consistência".
"Eu poderia ter reaberto [a averiguação da prefeitura] se houvesse um fato novo. Mas esse fato novo não tinha consistência, por isso não foi reaberto", afirmou o petista, que ontem esteve no almoço em São Paulo de apoio ao candidato oficial do PT à presidência da Câmara, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), personagem central do caso Lubeca.
Segundo Cardozo, a fita só chegou às suas mãos quando a comissão de averiguação já tinha sido encerrada. A recomendação da prefeita Luiza Erundina (1989-1992), de acordo com ele, foi a de que reabrisse a averiguação caso surgisse algum fato novo.
"Eu acompanhei durante muitos meses todo o desenvolver do caso e não me pareceu que existia absolutamente nada que pudesse implicar no surgimento de qualquer prova ou qualquer indício contra o Greenhalgh ou qualquer autoridade", disse Cardozo.
Segundo ele, a fita não motivou a reabertura da averiguação por ausência de provas. "Se você considerar a fita em si, ela tem uma dimensão impressionante, mas não houve nenhuma outra prova que confirmasse o que foi dito. Voltar neste momento é injusto com o Luiz Eduardo, que pleiteia um cargo importante." (MO)

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