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Petista diz que fita não tinha
"consistência"
DA REDAÇÃO
O deputado federal José
Eduardo Cardozo (PT-SP),
ex-presidente da comissão
de averiguação da prefeitura
que apurou o caso Lubeca,
afirmou ontem que só teve
conhecimento da fita após o
final das investigações. Segundo ele, a averiguação não
foi reaberta porque considerou na época que a fita com a
conversa do advogado José
Firmo Ferraz Filho era um
fato sem "consistência".
"Eu poderia ter reaberto [a
averiguação da prefeitura] se
houvesse um fato novo. Mas
esse fato novo não tinha
consistência, por isso não foi
reaberto", afirmou o petista,
que ontem esteve no almoço
em São Paulo de apoio ao
candidato oficial do PT à
presidência da Câmara, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), personagem
central do caso Lubeca.
Segundo Cardozo, a fita só
chegou às suas mãos quando
a comissão de averiguação já
tinha sido encerrada. A recomendação da prefeita Luiza
Erundina (1989-1992), de
acordo com ele, foi a de que
reabrisse a averiguação caso
surgisse algum fato novo.
"Eu acompanhei durante
muitos meses todo o desenvolver do caso e não me pareceu que existia absolutamente nada que pudesse implicar no surgimento de
qualquer prova ou qualquer
indício contra o Greenhalgh
ou qualquer autoridade",
disse Cardozo.
Segundo ele, a fita não motivou a reabertura da averiguação por ausência de provas. "Se você considerar a fita em si, ela tem uma dimensão impressionante, mas
não houve nenhuma outra
prova que confirmasse o que
foi dito. Voltar neste momento é injusto com o Luiz
Eduardo, que pleiteia um
cargo importante."
(MO)
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