São Paulo, segunda, 1 de fevereiro de 1999

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Maioria é do PPB

da Reportagem Local

Os evangélicos eleitos em outubro estão espalhados em 11 diferentes partidos -do PPB ao PT.
Mas a maioria (33) se concentra nas grandes legendas que compõem a base de sustentação do governo federal: PMDB, PPB, PFL, PTB e PSDB.
O PPB tem nove parlamentares evangélicos, o maior número entre todos os partidos. Em seguida, vêm PFL (8), PMDB (7), PTB (7), PL (3), PSDB (2), PDT (2), Prona (2), PT (2), PST (1) e PSB (1).
O conflito entre a fidelidade ao partido e à igreja é um dos grandes problemas dos parlamentares ligados à Universal. A igreja apóia a eleição de seus membros, mas exige obediência cega.
"Fui eleito para defender os interesses da fé evangélica e os interesses da instituição que me elegeu", diz o bispo Carlos Rodrigues, coordenador político da Universal que deve ser um dos principais articuladores da bancada evangélica.
Há pouco mais de um mês, Rodrigues começou a fazer reuniões com parlamentares de outras igrejas para definir uma linha de atuação no Congresso.
Um de seus principais objetivos é garantir a presença de evangélicos em todas as comissões da Câmara.
Para tentar defender a fidelidade à igreja e a eficácia de sua estratégia eleitoral, o bispo vai combater as propostas de voto distrital e de fidelidade partidária.
O primeiro fortalece o poder partidário na definição dos candidatos, minando uma das principais estratégias da Universal, que controla com mão-de-ferro a escolha de seus candidatos.
Já a fidelidade ameaça o princípio de que o mandato pertence à igreja.
(CLÁUDIA TREVISAN)



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