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Depoimentos à PF devem
começar nesta semana
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal deve ouvir
nesta semana pelo menos cinco
pessoas no inquérito que apura
corrupção passiva, ativa e crime
eleitoral supostamente cometidos
por Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da
Presidência da República.
O próprio Waldomiro é um dos
intimados pelo delegado Antônio
César Nunes, responsável pelo caso. O depoimento está previsto
para amanhã, em Brasília.
A PF também intimou o ex-diretor de marketing Marcelo Rovai
e o ex-presidente da GTech do
Brasil Antonio Carlos Lino Rocha, que podem ser ouvidos hoje.
A empresa é uma multinacional
que controla as loterias do país
com base em contrato com a CEF
(Caixa Econômica Federal).
Entre outros pontos, a PF quer
descobrir se Waldomiro teve influência na renovação do contrato
entre a GTech e a Caixa, que negam a interferência.
O inquérito foi aberto no último
dia 13 a pedido do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), que
também solicitou ao procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, um integrante do Ministério
Público para acompanhar o caso.
Homem de confiança do ministro José Dirceu (Casa Civil), Waldomiro foi exonerado do cargo, a
pedido, após a "Época" divulgar o
conteúdo de uma gravação de
2002. Nela, Waldomiro pede propina e contribuição de campanha
ao empresário Carlos Augusto
Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
um dos intimados a depor nesta
semana, além do ex-vice-presidente da CEF Mário Haag.
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