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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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PAINEL

Por todos os lados
Lula pediu aos governadores que se reúnam o mais rapidamente possível com as bancadas de seus Estados a fim de convencê-las a aprovar as reformas tributária e da Previdência. O presidente falou em criar uma espécie de "cruzada cívica".

Foco arrecadatório
Lula ressaltou aos governadores a importância de mostrar a deputados e senadores que as reformas vão levar ao aumento da arrecadação de seus Estados.

Corda esticada
Sem dar muita bola para as ameaças de punição, parlamentares da esquerda do PT, liderados por Paulo Paim, pretendem apresentar substitutivo ao projeto da reforma da Previdência, entregue por Lula ao Congresso. Um dos pontos contestados é a contribuição dos inativos.

O PT do PT
Parlamentares da esquerda do PT combinaram de se reunir na próxima quarta para começar a discutir o substitutivo para a Previdência. Economistas e sindicalistas serão chamados a participar da elaboração do projeto.

Sempre na foto
Chamado no DF de "o maior papagaio de pirata do Congresso", Robson Tuma posicionou-se estrategicamente entre Lula, Sarney e João Paulo. Quando Alckmin foi chamado para a mesa, um deputado gritou: "Alguém precisa tirar o Tuminha daí para caber o governador".

Será?
A campanha publicitária da reforma da Previdência acabou ontem. O governo desistiu de prorrogá-la por mais uma semana, como previa, pois considera que a população já foi convencida de seus argumentos.

Ideologia acima de tudo
João Fontes (SE), um dos novos radicais do PT, foi presidente da Energipe (companhia elétrica sergipana) no governo Antonio Carlos Valadares, então no PFL. Fontes era filiado ao PL e chegou a presidir o partido.

Porta dos fundos
José Sarney chamou às pressas, ontem, a Mesa do Senado para derrubar o pedido de cassação de ACM por avaliar que seria o dia de menor repercussão. Véspera de feriado e com Lula no Congresso, poucos se lembrariam de criticá-lo.

Mercado livre
Em carta aberta a Lula, membros do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) denunciam a falta de controle e fiscalização do governo sobre a comercialização da soja transgênica do RS.

Outra visão
Luiz Marinho, presidente do Consea, ficou de entregar a Lula a carta de protesto aos transgênicos. Em tempo: o sindicalista não assinou o documento.

Maldade governista
Um grupo de índios participou da manifestação contra as reformas, ontem. Piada imediata: eles entenderam que Lula queria taxar os nativos.

Obsessão reconhecida
De cadeira de rodas, Palocci Filho (Fazenda) roubou a cena na Câmara. A Suplicy, disse: "Cumpri um compromisso histórico do PT com você, constitucionalizando a renda mínima. A emenda da reforma tributária se chama Eduardo Suplicy".

Poluição ambiental
Termina amanhã com um saldo ambiental devastador o contrato de concessão por 50 anos entre o Amapá e a empresa Icomi para a exploração de manganês no Estado: há 78 mil toneladas de rejeitos do minério contaminadas por arsênico depositadas na cidade de Santana.

Compromisso público
Waldez Góes (AP) convocou a Icomi a assinar um documento de transição para a transferência do espólio. O governador quer que a empresa auxilie na recuperação ambiental da área da mina de manganês afetada.

TIROTEIO

De José Arthur Giannotti, professor emérito da USP, sobre Lula dizer que "deputado do PT pode falar a bobagem que quiser, mas que na hora de votar é diferente":
- Assim como os reis, os presidentes precisam de bobos. FHC, de "neobobos". Lula, dos "PTbobos".

CONTRAPONTO

Hora extra

O mineiro Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência, fez palestra na Associação Comercial de Minas Gerais, em Belo Horizonte, na última segunda-feira.
Aproveitou a oportunidade para declarar sua paixão pela cidade e pelo seu time do coração, o América, que disputa a Série B (segunda divisão) do Campeonato Brasileiro de futebol.
Contou que gosta de frequentar o estádio Independência para ver os jogos do "Mequinha" e que até já presenteou Lula com uma camisa do clube. Mas reclamou da falta de tempo para ir a Belo Horizonte.
Dulci gostaria de visitar a cidade todos os finais de semana, mas tem conseguido no máximo uma vez por mês.
E justificou tanta dificuldade para ir à sua cidade natal:
- É porque o presidente Lula, como um bom sindicalista, restabeleceu a jornada de 16 horas de trabalho.


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