São Paulo, segunda-feira, 01 de maio de 2006

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PAINEL

Na marra
Ricardo Berzoini tentou em vão explicitar, na resolução aprovada ontem pelo Encontro Nacional do PT, que punições internas de mensaleiros seriam discutidas só "após as eleições". Derrotado, o presidente da sigla insistiu em entrevista que o acerto de contas será adiado.

Confronto à vista
A despeito das declarações de Berzoini, a esquerda petista, que saiu vitoriosa com a aprovação da resolução autocrítica, quer propor a abertura dos processos de punição interna já na próxima reunião do Diretório Nacional do partido, ainda sem data.

Pai da Sasha
Dos "causos" que gosta de repetir nos encontros com políticos, o favorito de Geraldo Alckmin no momento dá conta de que o candidato tucano teria sido confundido com o ator Luciano Szafir durante a Paixão de Cristo em Pernambuco.

Afogando em números 1
Alckmin ainda não tem vice nem intenção de voto similar à do presidente Lula, mas pesquisas não lhe faltam. O especialista Örjan Olsen acaba de concluir uma. Amanhã, o cientista político Antonio Lavareda apresenta outra, encomendada ao Ibope, para o comando tucano.

Afogando em números 2
Segundo os dados de Olsen, nada mudou. É provável que os de Lavareda indiquem o mesmo. Mais do que novidades no quadro eleitoral, a multiplicidade de pesquisas encomendadas revela divisão interna na campanha presidencial do PSDB.

Estica-e-puxa
Tucanos de São Paulo têm relação histórica com Olsen, em quem confiam mais. Já a cúpula nacional quer trabalhar com Lavareda. Este, por sua vez, estaria tentando se credenciar no partido para ser mais do que pesquiseiro e, se possível, tirar de cena o marqueteiro de toda a vida de Alckmin, Luiz Gonzalez.

Road show 1
Itamar Franco acertou viagem a São Paulo na semana que vem. Segunda, almoça com o governador Claudio Lembo (PFL) e, à noite, vai ao "Roda Viva". Terça, com Orestes Quércia, defende em evento a candidatura -que não a de Anthony Garotinho- do PMDB à Presidência.

Road show 2
Apesar das andanças de Itamar, observadores relativamente isentos avaliam que o presidente do PMDB, Michel Temer, já desembarcou da candidatura própria do partido. E que até Quércia, padrinho da alternativa pão-de-queijo, estaria perto de fazer o mesmo.

Sai logo daí
No PPS, o líder do movimento "Desiste, Roberto Freire" é o governador Blairo Maggi, que costura em seu Estado, o Mato Grosso, uma aliança partidária de A a Z para sua reeleição.

Neoparceiros
Sem o PPS na disputa ao Planalto, Maggi pode garantir o apoio do PSDB, impensável até há pouco tempo. Eleito batendo forte na gestão Dante de Oliveira, o governador firmou trégua com os tucanos. A chapa teria Antero Paes de Barros tentando um novo mandato no Senado.

Segunda rodada 1
O ex-deputado Hildebrando Pascoal será submetido ao tribunal do júri em Brasília amanhã pela segunda acusação de homicídio a que responde. Desta vez, será julgado pela morte do bombeiro Sebastião da Silva.

Segunda rodada 2
No primeiro julgamento, Hildebrando foi condenado a 25 anos pela morte do policial civil Walter Ayala. Forte esquema de segurança está sendo montado para transferir o ex-deputado de Rio Branco para Brasília.

TIROTEIO

Do ex-ministro Miguel Rosseto, integrante da corrente petista de esquerda Democracia Socialista, sobre o partido ter atendido ao pedido do presidente Lula e liberado coligações com as siglas mensaleiras para as eleições de outubro:
-É um erro achar que a vitória do Lula dependa desse tipo de aliança. O resultado é a perda da força política do nosso projeto e uma eterna subordinação do governo a essas legendas.

CONTRAPONTO

Bola nas costas

Há duas semanas, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), fazia uma série de inaugurações na zona leste da capital quando, ao chegar em um dos eventos, deparou-se com uma partida de futebol.
Convidado a dar o pontapé inicial do jogo, Kassab mostrou certa intimidade com a bola, para surpresa dos presentes.
O prefeito deu passes e até arriscou bater um pênalti. Como o dia era bom, marcou o gol.
Ao ver a cena, o vereador Dalton Silvano (PSDB) começou a lembrar das tentativas de aproximação do ex-prefeito José Serra com o futebol, criticando a falta de jeito do tucano toda vez que se arriscava com a bola.
Kassab ouviu quieto os comentários e, irônico, respondeu:
-Interessante ouvir o Dalton falar agora que o Serra era um desastre como jogador. Quero ver o que vai falar de mim quando eu não for mais prefeito.


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