São Paulo, terça-feira, 01 de maio de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Chamada oral
O Ministério dos Transportes determinou um mutirão de autorizações na semana passada a fim de
apresentar algum resultado à ministra da Casa Civil,
Dilma Rousseff, que fará balanço do PAC na quinta. Passivo 1. O ministro Pedro Brito, da Secretaria dos Portos, estuda criar novas empresas para substituir as atuais companhias Docas, responsáveis pela administração dos portos. O objetivo é evitar que dívidas trabalhistas engulam compulsoriamente boa parte do dinheiro do setor, como ocorre hoje. Passivo 2. Pelos cálculos da secretaria, cerca de 70% das receitas tarifárias das companhias docas vão para o pagamento de ações trabalhistas, o que inviabilizaria qualquer programa de reestruturação do setor. Tá bom? Em seu recente jantar com a bancada do PT na Câmara, Lula pareceu não se impressionar com a rejeição dos correligionários ao projeto de lei complementar que corrige os gastos do governo com a folha de servidores pela inflação mais 1,5%, um dos pilares do PAC. Ou quer mais? A um petista mais enfático na reclamação, Lula respondeu que poderia, sim, desistir do projeto de lei. Mas apenas para enviar ao Congresso um outro, corrigindo os gastos pela inflação mais 1%. E só.
Sem trégua. O projeto dos
servidores será alvo dos protestos que movimentos sociais, MST à frente, preparam
para o dia 23 deste mês nas capitais. As manifestações serão
contra a "perda de direitos",
que eles dizem estar presente
também na Emenda 3 e na
nova reforma da Previdência. Timing. Após deixar tudo pronto para que o aumento do salário dos deputados fosse aprovado na semana passada, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi aconselhado a adiar o projeto. Tudo para não repetir Severino Cavalcanti (PP-PE), vaiado copiosamente no 1º de Maio da Força Sindical em 2005. Em todas. Presidente da Força, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) pretende reunir na festa da central lideranças do PSB e do PC do B, partidos que, ao lado dos pedetistas, formam o chamado bloquinho da Câmara. Fernando Gabeira (PV-RJ) foi convidado para se unir ao grupo, mas disse não, obrigado. Longo prazo 1. Mais uma para a série de divergências entre PSDB e DEM: enquanto a maioria dos tucanos avalia que um eventual novo apagão energético se dará só após Lula sair do governo, os ex-pefelistas acham que a escassez poderá ocorrer já em 2010.
Longo prazo 2. A diferença de análise ajuda a explicar
por que os "demos", mais do
que os tucanos, avaliam ser
possível balançar a árvore de
Lula após as eleições de 2008. Do presidente da UNE, GUSTAVO PETTA , líder estudantil ligado ao PC do B, sobre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que em seu blog criticou o partido por apoiar manifestações contra o governo Lula. Contraponto Por dedução
No final do ano passado, quando o ex-presidente do Supremo Nelson Jobim decidiu disputar o comando nacional do PMDB com o deputado Michel Temer (SP), o senador Wellington Salgado (MG) procurou o colega de Casa José Sarney (AP). |
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