São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2008

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outro lado

Advogado afirma não ter visto cheques; Paulinho da Força não comenta o caso

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) não quis comentar a investigação.
O advogado José Roberto Batochio, que defende Ricardo Tosto, diz não ter visto os cheques anexados pela polícia no pedido de renovação das prisões. Se tivesse visto a documentação, porém, ele afirma que não falaria porque o inquérito está sob segredo de Justiça.
Batochio fez comentários sobre o que considera eventuais equívocos da PF. O principal deles, na sua interpretação, é o fato de o inquérito não ter sido remetido ao Supremo assim que apareceram as menções ao deputado Paulo Pereira da Silva no suposto esquema. "A lei determina que a polícia cesse sua atividade investigatória e remeta para a autoridade que tenha jurisdição sobre a pessoa com foro especial por prerrogativa de função", diz. Sobre os cinco cheques que o empresário Marcos Vieira Mantovani teria pago a Ricardo Tosto, Batochio conta que há uma explicação. Tosto defende a Progus numa ação em que a empresa de consultoria é credora da Eucatex em R$ 40 milhões. "Os cheques podem ser pagamento de honorários."
Antonio Ruiz Filho, advogado de Mantovani, diz que não comenta os cheques porque não recebeu a documentação nem falou com seu cliente.
Ele rebate a acusação da PF de que os projetos da Progus eram uma farsa. Segundo ele, Mantovani faz projetos para o BNDES há 20 anos. Se fossem uma farsa, os projetos não teriam mais de mil páginas altamente complexas. "Quem frauda, não vai perder meses fazendo um projeto", afirma. (MCC)


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