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outro lado
Advogado afirma não ter visto cheques; Paulinho da Força não comenta o caso
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) não
quis comentar a investigação.
O advogado José Roberto Batochio, que defende Ricardo
Tosto, diz não ter visto os cheques anexados pela polícia no
pedido de renovação das prisões. Se tivesse visto a documentação, porém, ele afirma
que não falaria porque o inquérito está sob segredo de Justiça.
Batochio fez comentários sobre o que considera eventuais
equívocos da PF. O principal
deles, na sua interpretação, é o
fato de o inquérito não ter sido
remetido ao Supremo assim
que apareceram as menções ao
deputado Paulo Pereira da Silva no suposto esquema. "A lei
determina que a polícia cesse
sua atividade investigatória e
remeta para a autoridade que
tenha jurisdição sobre a pessoa
com foro especial por prerrogativa de função", diz. Sobre os
cinco cheques que o empresário Marcos Vieira Mantovani
teria pago a Ricardo Tosto, Batochio conta que há uma explicação. Tosto defende a Progus
numa ação em que a empresa
de consultoria é credora da Eucatex em R$ 40 milhões. "Os
cheques podem ser pagamento
de honorários."
Antonio Ruiz Filho, advogado de Mantovani, diz que não
comenta os cheques porque
não recebeu a documentação
nem falou com seu cliente.
Ele rebate a acusação da PF
de que os projetos da Progus
eram uma farsa. Segundo ele,
Mantovani faz projetos para o
BNDES há 20 anos. Se fossem
uma farsa, os projetos não teriam mais de mil páginas altamente complexas. "Quem frauda, não vai perder meses fazendo um projeto", afirma.
(MCC)
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