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Painel
Só reage com pesquisa
FHC está mais preocupado
com a seca do que com a reforma da Previdência. Teme que,
depois do incêndio em Roraima,
fique a imagem de que só dá
atenção a um problema, especialmente social, quando ele
chega às manchetes.
Virou mixaria
Chega a R$ 250 mi a verba orçamentária que os deputados estão pedindo da Caixa Econômica Federal para votar a reforma
da Previdência. Segundo um líder, não é muito. A liberação está bem encaminhada, e a reforma deve ser aprovada na quarta.
Rumo ao penta
Sempre que alguém lembra
que a reeleição de FHC ainda
não está garantida, um ministro
do Planalto responde, em tom
arrogante: "Dê um nome que
ganhe da gente! Dê um nome!"
Só para o ego
Inocêncio Oliveira (PFL-PE)
virou motivo de piada no Congresso depois de dizer que aprofundaria a conversa com FHC
sobre a liderança do governo só
após a votação da Previdência.
"Ela vai servir para quê?",
perguntavam parlamentares.
Todos têm razão
Aliados do Planalto não aceitam a acusação de que chantageiam o governo para votar a reforma. Estaria ocorrendo o contrário. FHC é que condicionaria
a liberação de verbas orçamentárias ao sim em plenário.
Cara-de-pau
Os sindicatos intensificaram o
lobby contra o projeto que congela os vencimentos dos juízes
classistas. Em fax a deputados,
acusam a medida de ter "nítida inspiração corporativista".
Sonho meu
Itamar e Brizola trocam sinais
de fumaça. O cacique pedetista,
que voltou a sonhar com a própria candidatura, acha que pode
contar com parte do PMDB.
Pela tangente
Celso de Mello (STF), que suspendeu a decisão do STJ favorável aos marajás da Assembléia
do Rio, não aguentou o tranco:
declarou-se impedido de votar o
mérito da questão, que ainda será julgada no Supremo.
Tradição judicial
O presidente da OAB federal,
Reginaldo de Castro, foi designado para fazer um relatório em
dez dias sobre Eldorado do Carajás para José Gregori (Direitos
Humanos). Missão: apontar a
razão da morosidade da Justiça
em punir os culpados pelo massacre dos sem-terra em 96.
Bolsa de apostas
Começou um movimento no PT que aponta Eduardo Suplicy como o mais cotado para substituir Lula, caso ele desista de disputar a Presidência. O governador Cristovam Buarque (DF) não se desincompatibilizou. Tarso Genro (RS) viu que é fria.
Papel de bobo
O movimento "Fora Pitta", que distribuiu quase 2 milhões de panfletos exaltando os vereadores paulistanos rebeldes, não contava com poder de convencimento de Maluf. Agora promete novos panfletos. Para acusá-los.
Não quer e não pode
Além de compromissos internacionais entre 10 de maio e 6 de junho, Tarso Genro diz que não participa de articulação alternativa a Lula por um motivo: "Uma crise estrutural como essa, que não vai passar logo, não aceita candidato a presidente como mero substituto".
Direto para sanção
Dos 36 projetos aprovados pela CCJ da Câmara nesta semana, há um que amplia o prazo para imigrantes ilegais pedirem permanência provisória e outro que transfere da pasta do Trabalho para a Fenaj a responsabilidade pelo registro de jornalistas.
Protocolo
O ministro do Trabalho, Edward Amadeo, encontrou-se ontem com Marco Maciel, que falou do desemprego em Pernambuco. Os dois devem visitar juntos no fim do mês a Grande Recife e o interior do Estado.
E-mail: painel@uol.com.br
TIROTEIO
De Padre Roque (PT-PR), sobre o fracasso da articulação para que o novo líder do governo na Câmara fosse Inocêncio Oliveira (PFL-PE), acusado de usar verbas públicas para abrir poços em suas propriedades:
- É uma pena. Não sei se ele seria um bom articulador, mas com certeza poderia dar uma grande contribuição para a solução do problema da seca no Nordeste. Afinal, entende de poços artesianos com ninguém.
CONTRAPONTO
Uma cravo e outra na ferradura
A posse de André Lara Resende ontem no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi muito concorrida.
O pequeno auditório do Ministério do Planejamento ficou
lotado, e os convidados tiveram
de se acomodar nos corredores,
dificultando a passagem.
Paulo Renato (Educação) e
Waldeck Ornélas (Previdência)
chegaram quando o auditório já
estava cheio e tiveram que abrir
caminho, apressadamente, em
direção à mesa onde se encontravam Paulo Paiva (Planejamento) e Lara Resende.
No empurra-empurra, Ornélas se desequilibrou e só não caiu
graças ao reflexo de Paulo Renato, que o amparou. Sem graça,
Ornélas brincou:
- Tá vendo! É o PSDB querendo derrubar o PFL.
Mas Paulo Renato retrucou
imediatamente:
- Nada disso. É o PSDB que
está segurando para o PFL não
cair!
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