São Paulo, sexta, 1 de maio de 1998

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Maluf diz que sequestradores de Diniz "têm de ir para o fogo'

ELI FERNANDES
free-lance para a Folha Campinas

O pré-candidato a governador do Estado Paulo Maluf (PPB-SP) afirmou ontem em Bom Jesus dos Perdões (75 km de São Paulo) que os sequestradores do empresário Abílio Diniz "têm de ir para o fogo e Maluf tem de ir para o céu".
O ex-governador afirmou ainda que os sequestradores não merecem tratamento especial do governo, enquanto crianças passam fome no Estado.
Além de Bom Jesus dos Perdões, Maluf visitou outras quatro cidades nas regiões de Campinas e São José dos Campos.
O ex-governador afirmou que pretende, caso seja eleito, pagar os mesmos salários para delegados e procuradores, mesmo sem saber em quanto isso vai onerar os cofres públicos.
Atualmente, o delegado em início de carreira recebe R$ 1.650 por mês, enquanto o promotor recebe R$ 4.500. Segundo cálculos da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, se todos os 4.800 delegados tivessem seus salários equiparados aos dos promotores, a folha de pagamento do governo aumentaria 1,8%.
O tesoureiro-geral da associação, José Martins Leal, 58, afirmou que os delegados lutam por uma equiparação salarial com os procuradores do Estado. Um procurador em início de carreira ganha R$ 3.500 por mês.
Se a promessa de Maluf fosse cumprida, o governo do Estado aumentaria 0,6% a folha de pagamento dos delegados, mais do que iria gastar se atendesse as reivindicações da associação.
Em Piracaia (80 km de SP), Maluf insinuou que pode ter o senador Romeu Tuma (PFL), ex-delegado-geral da Polícia Federal, como candidato a vice-governador.
Em Igaratá (88 km de SP), Maluf foi tratado pelo prefeito da cidade, Luiz Carlos Lourenço (PSDB), como futuro governador do Estado.



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