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Maluf diz que sequestradores
de Diniz "têm de ir para o fogo'
ELI FERNANDES
free-lance para a Folha Campinas
O pré-candidato a governador
do Estado Paulo Maluf (PPB-SP)
afirmou ontem em Bom Jesus dos
Perdões (75 km de São Paulo) que
os sequestradores do empresário
Abílio Diniz "têm de ir para o fogo e Maluf tem de ir para o céu".
O ex-governador afirmou ainda
que os sequestradores não merecem tratamento especial do governo, enquanto crianças passam fome no Estado.
Além de Bom Jesus dos Perdões,
Maluf visitou outras quatro cidades nas regiões de Campinas e São
José dos Campos.
O ex-governador afirmou que
pretende, caso seja eleito, pagar os
mesmos salários para delegados e
procuradores, mesmo sem saber
em quanto isso vai onerar os cofres públicos.
Atualmente, o delegado em início de carreira recebe R$ 1.650 por
mês, enquanto o promotor recebe
R$ 4.500. Segundo cálculos da Associação dos Delegados de Polícia
do Estado de São Paulo, se todos
os 4.800 delegados tivessem seus
salários equiparados aos dos promotores, a folha de pagamento do
governo aumentaria 1,8%.
O tesoureiro-geral da associação, José Martins Leal, 58, afirmou que os delegados lutam por
uma equiparação salarial com os
procuradores do Estado. Um procurador em início de carreira ganha R$ 3.500 por mês.
Se a promessa de Maluf fosse
cumprida, o governo do Estado
aumentaria 0,6% a folha de pagamento dos delegados, mais do que
iria gastar se atendesse as reivindicações da associação.
Em Piracaia (80 km de SP), Maluf insinuou que pode ter o senador Romeu Tuma (PFL), ex-delegado-geral da Polícia Federal, como candidato a vice-governador.
Em Igaratá (88 km de SP), Maluf
foi tratado pelo prefeito da cidade,
Luiz Carlos Lourenço (PSDB), como futuro governador do Estado.
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