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TROMBONE FINAL
Ex-senador diz que governador é "bom nome" para Presidência
ACM nega candidatura ao Planalto e volta a citar Tasso
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na despedida de Brasília, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) defendeu ontem
que Tasso Jereissati, governador
do Ceará, é um "bom nome" para
liderar uma aliança ""independente do governo" na sucessão de
Fernando Henrique Cardoso.
Tasso foi um dos raros políticos
fora do PFL a se opor à cassação
do mandato do baiano. ACM descartou a possibilidade de candidatar-se ao Planalto em 2002, como havia sugerido no discurso da
véspera. "Fui linchado três vezes.
Você acha que eu tenho condição
de ser presidente depois disso?",
questionou. "Apelo do partido eu
só aceitaria para ganhar [a eleição", [apelo" é muito bonito, mas
perde. Eu gosto de ganhar."
Na análise do pefelista, a oposição tem nomes com maior viabilidade eleitoral do que a base aliada
do governo no momento. Citou
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Itamar Franco (PMDB), Ciro Gomes
(PPS) e Anthony Garotinho
(PSB). "Isso não quer dizer que eu
me defina por nenhum deles."
ACM voltou a alfinetar o presidente. "Se não mudar, a situação
do governo é difícil. Aí, só se o governo também mudar. Mas é difícil mudar com a vaidade do presidente Fernando Henrique."
O "cabeça branca", como ACM
é chamado no jingle composto
pelo publicitário Nizan Guanaes,
recusa-se a encarar que o carlismo hoje não é mais o mesmo nem
na Bahia. Manifestações contrárias, só as aceita se feitas "educadamente". ACM dá sinais de que
vai usar e abusar da "posição de
independência" que o PFL lhe
conferiu. "Quando o governo estiver certo, eu apóio. Quando estiver errado, eu bato. O pior é que
só está errando."
Após o almoço, ACM seguiu para o aeroporto de Brasília. Nenhum cacique pefelista o acompanhou. De políticos, só os fiéis
senadores do PFL Paulo Souto e
Waldeck Ornélas.
Nos solitários acenos finais,
mais farpas. "O maior alívio é não
ver mais [Roberto" Freire [senador pelo PPS-PE" nem a hipocrisia de [Pedro" Simon [senador
pelo PMDB-RS"." Chamou Freire
de "covarde" e "gigolô do PPS".
As ofensas se colocaram como
resposta aos ataques que sofreu
do pernambucano e do gaúcho.
Para FHC, com quem falou pela
última vez em 8 de fevereiro,
quando recebeu uma carta de
saudação pelo fim de seu mandato na presidência do Senado,
ACM deixou uma mensagem seca: "Adeus!".
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