São Paulo, sexta-feira, 01 de junho de 2001

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ACM Júnior assume e afirma que não é político

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Antonio Carlos Magalhães Júnior assumiu ontem a cadeira que foi de seu pai, e já deixou clara a diferença de estilos entre ambos: fez um discurso curto, apertou protocolarmente a mão do presidente da Casa, Jader Barbalho (PMDB- PA), e fez questão de dizer que não é político.
Apesar de dizer que não vai interferir no mandato do filho, ACM respondeu por Júnior as duas primeiras perguntas dos jornalistas. Ele vai representar contra Jader no Conselho de Ética? "Não", respondeu o pai. Vai assinar o requerimento da CPI da Corrupção? Novamente, a resposta do patriarca foi "não".
Visivelmente deslocado num ambiente que não é o seu, o empresário e professor universitário ACM Júnior -ou Antonio Carlos Júnior, nome parlamentar que adotou- fez um desagravo ao pai nos menos de cinco minutos em que ocupou a tribuna.
"O destino me traz hoje a assumir o mandato de senador em substituição ao meu pai, que foi tão injustamente julgado por alguns dos senhores, mas que pela renúncia encontrou a melhor maneira de servir à Bahia e ao Brasil", disse, no início do discurso.
A falta de vocação política foi explicitada no discurso: "Minha única pretensão é a de honrar o mandato, seguindo-lhe [de ACM" os passos firmes de toda a sua vida dedicada ao bem público."
Dizendo ser de uma "família política", homenageou o irmão "e amigo" Luís Eduardo Magalhães, morto em 1998, "um reformador e, mais do que isso, um dos maiores vultos da sua época".
Ao fim do discurso, repetiu uma frase do irmão sobre o pai: "Tenho a responsabilidade de ser filho do maior político brasileiro e, ao mesmo tempo, do homem que conheço que mais ama a Bahia".
ACM foi muito cumprimentado por pefelistas e membros de outros partidos. "Vou lhe ver lá [na Bahia". Comer um acarajé e uma moqueca de siri mole", disse José Agripino Maia ao senador, na despedida. (VERA MAGALHÃES)

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