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Ciro vê distorção em fala sobre aborto
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O pré-candidato à Presidência
pelo PPS, Ciro Gomes, afirmou
ontem que suas palavras sobre o
aborto foram distorcidas pela
"imprensa do Sul" e que é declaradamente contra a prática.
"Evidentemente, qualquer pessoa que tenha o mínimo de razoabilidade sabe que isso é uma tragédia humana, que isso é a morte
e a morte é o fim, agora acho que o
aborto é um assunto da mulher,
da família, que deve ser feito consultando suas convicções religiosas, num ambiente de cuidado
com a saúde, de educação, e que
não é assunto para polícia nem
para político", afirmou.
As declarações do presidenciável repetem o teor das publicadas
pela Folha anteontem, quando
Ciro ainda afirmou, durante gravação do programa ""Gordo a Go-Go", considerar ""errada" a proibição legal do aborto no país.
""Está errado", disse Ciro, diante
do comentário do apresentador
João Gordo de que a prática é
proibida. Segundo a legislação
brasileira, o aborto é permitido
apenas em caso de estupro ou de
risco de vida para a gestante.
O ex-ministro participou ontem
de uma palestra para cerca de cem
empresários, em Fortaleza.
Em entrevista antes da palestra,
o pré-candidato disse que aceitaria o apoio de ex-senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA).
"Se vier, vai ser bem-vindo." Ciro, porém, não quis comentar as
negociações de aliança com o PFL
nos Estados.
Depois de muito tempo trabalhando apenas nos bastidores,
ACM anunciou anteontem o seu
apoio ao pré-candidato do PPS.
Ele também não falou sobre o
vice de sua chapa. O nome, de
acordo com o presidenciável, será
anunciado na próxima semana.
Entre os cotados, o presidente
da Força Sindical, Paulo Pereira
da Silva, o Paulinho, na casa de
quem Ciro jantou na última quarta-feira, o deputado Walfrido Mares Guia, o ex-governador Hélio
Garcia, de Minas Gerais, e a ex-vereadora Sônia Santos.
Tanto na entrevista como na palestra Ciro aproveitou para criticar o uso do marketing político
por seus principais rivais, José
Serra (PSDB) e Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). "Eu não tenho a
doença da inocência", disse, ao
referir-se à propaganda política
em que Lula aparece chorando e
Serra aparece entre crianças.
Na palestra, Ciro falou sobre
globalização e criticou o governo
de Fernando Henrique Cardoso,
que, segundo o ex-ministro, está
levando o país a se transformar
em uma Argentina.
Ciro ainda criticou FHC ao dizer que o dinheiro das privatizações, que deveria servir para pagar a dívida interna, teria tido outros fins.
Colaborou a Reportagem Local
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