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Garotinho quer barrar pesquisa no TSE
LIEGE ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidenciável Anthony Garotinho (PSB) disse ontem que
entrará, na próxima semana, com
uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para proibir a divulgação de pesquisas encomendadas por partidos políticos.
Seu primeiro alvo será uma pesquisa, encomendada pelo PSDB
ao instituto Vox Populi, que foi
registrada no TSE no dia 27 de
maio. A lei obriga o registro cinco
dias antes de sua publicação.
Para Garotinho, pesquisas encomendadas por partidos "devem ser usadas apenas para consumo interno e não para enganar
a opinião pública".
Ele diz ter "informações seguras" de que o questionário da pesquisa -com cerca de cem perguntas- induzia as respostas, favorecendo o pré-candidato do
PSDB a presidente, José Serra.
"No meio da entrevista, havia
perguntas assim: você sabe quem
foi o ministro que criou os remédios genéricos? E quem lançou o
kit contra a Aids? Só depois perguntavam em quem o entrevistado iria votar", disse. Além disso,
segundo ele, a pesquisa tinha
"abuso da margem de erro".
Economista
Ontem, em visita a cinco cidades do sul da Bahia, Garotinho
disse que "baiano que vota em
Serra trai o seu Estado". "A Bahia
está sendo discriminada, maltratada e humilhada pelo governo
que José Serra representa", disse.
Para Garotinho, no Ministério
da Saúde, o tucano colocou em
prática a sua profissão de economista "de uma forma completamente equivocada". "Serra economizou em vacinas, remédios e
seringas, demitiu mata-mosquitos, destruiu o SUS. Com tanta
economia, o resultado não poderia ser diferente: a dengue, a malária e a tuberculose apareceram",
disse. "Serra é um despreparado e
incompetente", afirmou.
Notícia liberada
Garotinho liberou a publicação,
pela revista "IstoÉ", de trechos de
gravações de conversas suas resultantes de escutas clandestinas .
Autor das gravações, o empresário Guilherme Gomes Freire,
ex-aliado e hoje inimigo de Garotinho, acusa o presidenciável de
envolvimento com desvio de dinheiro público e fraude fiscal, entre outros crimes, que teriam sido
cometidos de 1994 a 1997.
Garotinho nega os crimes. Em
julho de 2001, conseguiu o embargo judicial da publicação das fitas.
Disse que mudou de idéia porque
a decisão de recorrer à Justiça
causou "alarde excessivo".
Colaboraram a Agência Folha e a Sucursal do Rio
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