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Gautama queria licitação do rio Madeira
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A diretora comercial da
Gautama, Maria de Fátima Palmeira, afirmou em
seu depoimento à Justiça
que a empreiteira "pressiona muito" o governo
para receber seus pagamentos e que estava se
preparando para entrar na
licitação das hidrelétricas
do rio Madeira, em Rondônia, uma das mais importantes obras do PAC.
Maria de Fátima é apontada pela Polícia Federal
como a número dois do esquema que seria liderado
pelo dono da Gautama,
Zuleido Veras.
Ela disse que a Gautama
"estava em tratativas e
conversações" para participar da obra, que depende
de licença ambiental.
Sobre a pressão, a diretora da empreiteira disse
que todas as empresas fazem, mas que não haveria
pagamento de propina.
Os 52 depoimentos
prestados à juíza Eliana
Calmon indicam que por
muitas vezes as versões
são coincidentes e que freqüentemente os acusados
diziam não se lembrar de
determinada situação.
No caso que resultou na
queda do ex-ministro de
Minas e Energia Silas
Rondeau, a versão dele, de
seu ex-assessor Ivo Almeida Costa e de Maria de Fátima é a mesma: a diretora
da Gautama foi ao gabinete do ministro não para repassar a suposta propina
de R$ 100 mil mas para
tratar de uma obra do gasoduto de Urucu (AM).
Rondeau confirmou que
conhece Zuleido e o lobista Sérgio Sá. Ivo disse ainda que o dono da Gautama
esteve no ministério umas
três vezes e que com o ministro "uma única vez".
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