São Paulo, sexta-feira, 01 de junho de 2007

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Gautama queria licitação do rio Madeira

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A diretora comercial da Gautama, Maria de Fátima Palmeira, afirmou em seu depoimento à Justiça que a empreiteira "pressiona muito" o governo para receber seus pagamentos e que estava se preparando para entrar na licitação das hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, uma das mais importantes obras do PAC.
Maria de Fátima é apontada pela Polícia Federal como a número dois do esquema que seria liderado pelo dono da Gautama, Zuleido Veras.
Ela disse que a Gautama "estava em tratativas e conversações" para participar da obra, que depende de licença ambiental.
Sobre a pressão, a diretora da empreiteira disse que todas as empresas fazem, mas que não haveria pagamento de propina.
Os 52 depoimentos prestados à juíza Eliana Calmon indicam que por muitas vezes as versões são coincidentes e que freqüentemente os acusados diziam não se lembrar de determinada situação.
No caso que resultou na queda do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, a versão dele, de seu ex-assessor Ivo Almeida Costa e de Maria de Fátima é a mesma: a diretora da Gautama foi ao gabinete do ministro não para repassar a suposta propina de R$ 100 mil mas para tratar de uma obra do gasoduto de Urucu (AM).
Rondeau confirmou que conhece Zuleido e o lobista Sérgio Sá. Ivo disse ainda que o dono da Gautama esteve no ministério umas três vezes e que com o ministro "uma única vez".


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