São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2004

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PAINEL

Prato feito 1
Advogados da Consultoria Geral da República resistiram ao parecer que permite a abertura dos cofres da União aos municípios durante a campanha eleitoral. Por isso o documento traz a assinatura apenas do consultor-geral, Wolkmer de Castilho, e do advogado-geral, Álvaro Costa.

Prato feito 2
O pedido de parecer da AGU foi encaminhado pela Casa Civil em resposta a solicitação de Olívio Dutra (Cidades). Normalmente, passaria antes pelo crivo de um técnico da Consultoria Geral da União. Pelo trâmite normal, Costa e Castilho dariam em seguida o "de acordo".

De fininho
Do líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia, à frente do movimento para derrubar o parecer que permite ao governo abrir o cofre para prefeituras amigas durante a campanha: "Como toda fraude, foi uma ação sorrateira na expectativa de que ninguém percebesse".

Guerra fria
Aldo Rebelo solicitou parecer da Casa Civil antes de liberar para um deputado tucano a agenda com os compromissos de Waldomiro Diniz à época em que era auxiliar de José Dirceu. Os assessores do ministro responderam positivamente.

Planalto olímpico
Em 9 de julho, Lula receberá os atletas que irão a Atenas. Será a delegação brasileira com mais mulheres na história dos Jogos.

Novo amigo
O PT fechou com o neo-aliado PTB a chapa de vereadores no Rio. A locomotiva será Carlos Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro, representante da caserna na Câmara e até pouco tempo atrás um raro consenso petista -todos contra.

Dança das siglas
O PPS do governador Eduardo Braga (AM) aliou-se ao PFL de Amazonino Mendes em Manaus, deixando a ver navios Wanessa Graziotin, candidata do PC do B que concorre com as bênçãos da cúpula petista.

Concordância rara
Sem-terra e ruralistas assinaram um documento pedindo a extinção da Ouvidoria Agrária de Mato Grosso do Sul. Alegam incompetência do órgão.

Ainda uma vez
Antes de entregar o tempo de televisão do PMDB a Luiza Erundina (PSB), Orestes Quércia esteve ontem com dirigentes petistas. E novamente viu negados seus pedidos para apoiar a reeleição de Marta Suplicy.

Quebra-quebra
A decisão do ex-governador tirou do sério os vereadores do PMDB, favoráveis à coligação com o PT na capital. Houve bate-boca entre parlamentares e aliados de Orestes Quércia.

Queima de fogos
Os tucanos comemoram a união Erundina-Temer. Podem até perder um pouco, mas sabem que a ex-prefeita com tempo razoável de TV sempre foi o pesadelo dos petistas.

Degrau acima
A natimorta "quarta força", que uniria PSB, PMDB e PDT, deu lugar à "terceira": agora, o tempo de TV de Erundina só perde para os de Serra e Marta.

Nas nuvens
O próximo prefeito de Curitiba receberá R$ 19.115,19, salário-teto do STF que será parâmetro do primeiro escalão municipal. Comparado ao que ganha Cassio Taniguchi, o reajuste aprovado pela Câmara foi de 24%.

Cartilha municipal
Frustrado em seu projeto de disputar a Prefeitura do Rio, Jaime Lerner (PSB) decidiu ser professor na eleição. O instituto de Curitiba que leva seu nome inicia no dia 8 curso sobre projetos urbanos para candidatos. Cada aluno pagará R$ 4.800,00.

TIROTEIO

Do advogado Fábio Konder Comparato sobre reunião de Lula com os presidentes do STF, da Câmara e do Senado para selar "pacto" entre os Poderes:
-Independência é fundamento que deve presidir os relacionamentos. Se há um Poder que não pode ter ligação com os demais, ele é o Judiciário.

CONTRAPONTO

Muito prazer

Quando foi convidado pelo PT, na eleição de 2000, para ser vice de Antonio Palocci, então candidato à Prefeitura de Ribeirão Preto, Gilberto Magioni era um rosto desconhecido na política do município paulista.
A idéia de Palocci, hoje ministro da Fazenda, era ampliar seu leque de alianças, trazendo para a campanha o empresariado da cidade. Magioni era presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto.
Poucos imaginavam que o empresário um dia se tornasse prefeito, o que acabou ocorrendo em 2002, quando o petista foi coordenar a campanha de Lula.
Em seus primeiros dias no cargo, Magioni visitou tradicional barbearia, onde um freguês perguntava ao proprietário:
-E esse prefeito que o Palocci nos deixou de herança?
-Pergunta para o próprio, que está aí do seu lado-, respondeu o homem da tesoura.


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