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Um quarto dos paulistanos prefere obras a honestidade
Peso da proposta de governo na definição do voto passa de 44%, em 2000, para 54%
DA REDAÇÃO
A pesquisa Datafolha mostrou
uma leve oscilação na importância do item honestidade na decisão do voto. Em março de 2000,
22% dos paulistanos declararam
que preferiam um prefeito "que
fizesse muita coisa, mesmo que
roubasse um pouco". Já no levantamento feito nos dias 24 e 25 passados, essa taxa oscilou para 25%.
Em contrapartida, a taxa dos
que preferiam um prefeito "totalmente honesto, ainda que faça
menos", oscilou de 74%, em 2000,
para 71%, no mês passado.
Duas perguntas do questionário
do Datafolha abordavam o tema
da honestidade. Na questão sobre
qual era o candidato considerado
"mais corrupto", 65% apontaram
Paulo Maluf (PP), seguido de
Marta Suplicy (PT), com 5%, Luiza Erundina (PSB), com 2%, e José Serra (PSDB), com 1%. Outra
questão perguntava qual era o
"mais honesto". Serra aparece em
primeiro com 26%, seguido de
Erundina, com 11%, Marta, com
10%, e Maluf, com 6%, para citar
só os quatro primeiros.
O resultado da pesquisa sofre
provavelmente a influência de recentes acusações feitas por integrantes do Ministério Público de
São Paulo ao candidato do PP, segundo as quais a família de Maluf
teria depósitos no exterior.
A última pesquisa apontou a liderança de Serra, com 30% das
intenções de voto, seguido de Maluf, com 24%, Marta, com 20%.
Na eleição paulistana de 2000, o
primeiro turno terminou com a
vitória de Marta Suplicy (PT),
com 38,1% dos votos válidos no 1º
turno, seguido de Paulo Maluf
(PPB), com 17,4%, e Geraldo
Alckmin (PSDB), com 17,3%.
Mas, apesar de ter chegado ao
segundo turno em 2000 (quando
perdeu para Marta por 58,5% a
41,5% dos votos), a votação de
Maluf na capital paulista foi menor do que a que ele obteve na
eleição para governador, em 2002,
quando ficou em terceiro lugar no
Estado: Maluf obteve então 25%
dos votos na capital, índice semelhante ao exibido pelo candidato
na última pesquisa Datafolha.
Proposta
A pesquisa indicou também que
aumentou, de 2000 para este ano,
a proporção dos eleitores que
priorizam a proposta de governo
na decisão do voto. Na outra eleição municipal, 44% dos paulistanos afirmavam que o mais importante na decisão do voto era a proposta de governo, contra 40% que
priorizavam a pessoa do candidato. Bem mais atrás aparecia o partido do candidato, com 8%.
Na pesquisa deste ano, a taxa
dos que valorizam a proposta de
governo subiu para 54%, enquanto aqueles que definiam o voto
com base na pessoa do candidato
caiu para 33%. O peso relativo do
partido permanece o mesmo: 8%.
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