CELSO BEJARANO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Na reta final da eleição em Campo Grande, o PT tenta barrar uma vitória em primeiro turno do prefeito André Puccinelli (PMDB).
A vitória do prefeito repetiria o feito de 96 -quando derrotou o hoje governador Zeca do PT em eleição na qual sobraram acusações de fraude em favor do peemedebista. Puccinelli nega irregularidades no pleito, que venceu com 411 votos de vantagem, num universo de 400 mil eleitores.
O petista Ben Hur Ferreira tenta provocar um segundo turno. Na última semana da campanha, Ben Hur fez diversos apelos na propaganda do rádio e da TV. "A disputa tem de ir para o segundo turno, será mais justa. Os candidatos terão tempos iguais para mostrar os seu programas."
Outro personagem da eleição, Carmelino Rezende (PPS), cuja sigla faz parte do governo do Estado, que é petista, não poupou críticas nem ao partido aliado. "Não acreditem em que tem o poder nas mãos e faz promessas, vote no diferente", diz.
Já a candidata Mônica Schrader (PV) optou, durante a campanha, por falar dos projetos do partido, sem atacar os concorrentes.
Após a disputa de 96, que foi parar na Justiça, Zeca e Puccinelli se tornaram rivais históricos. Os dois aparecem em programas eleitorais em todo o Estado quando existe uma disputa direta entre PMDB e PT.
Isso significa, segundo os próprios partidos, que a concorrência pela Prefeitura em Campo Grande é um "exercício" para a disputa de 2002 -quando Zeca e Puccinelli podem se confrontar novamente.



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