São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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CURITIBA
Capital terá segundo turno
Pesquisas apontam derrotas para Lerner

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

As eleições deste ano no Paraná, mesmo antes do resultado final das urnas, podem trazer derrotas importantes para o grupo do governador Jaime Lerner (PFL).
A maior pode ser em Curitiba, onde há possibilidade de segundo turno. O candidato à reeleição Cássio Taniguchi (PFL) foi surpreendido na reta final pela oposição e pode enfrentar Angelo Vanhoni (PT) no final do mês.
Curitiba é tida como "fortaleza" do lernerismo. A simples possibilidade de segundo turno é desastrosa. Nas três últimas eleições, o grupo venceu no primeiro turno e projetou o líder para o governo.
Lerner, que se manteve distante da campanha na TV dos aliados na maior parte da disputa, apareceu no último horário do PFL para pedir o voto a Taniguchi.
O PFL estava de "salto alto", segundo Taniguchi, desde que Roberto Requião (PMDB) decidiu não disputar. A eleição considerada ganha com a decisão do senador, que lançou o irmão Maurício em seu lugar. Outro irmão, Eduardo Requião (PDT), também tentou abocanhar votos.
No interior, o desempenho dos candidatos governistas mostra que Lerner terá dificuldades para fazer do ex-ministro Alceni Guerra seu sucessor no governo.
Guerra, ministro da Saúde no governo Collor, desistiu da reeleição na cidade de Pato Branco para assumir a Casa Civil de Lerner e ser o candidato do PFL contra Requião e os irmãos Dias (os senadores Osmar e Álvaro) em 2002.
Ele se projetou porque Taniguchi e o deputado federal Rafael Greca perderam força. No final da campanha, Taniguchi declarou que não concorrerá ao governo. Greca ainda quer ser o candidato do PFL, mas sua tumultuada saída do Ministério do Esporte e Turismo o alija da disputa agora.
Nas cinco principais cidades -Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa- a situação governista é difícil.
A exceção é Maringá, onde o prefeito Jairo Gianoto (PSDB) aparece como certo para o segundo turno. Lerner não se beneficiaria sozinho de uma vitória: os irmãos Dias também apóiam Gianoto, e Lerner não tem garantia de que haverá retorno em 2002.
Há um pacto entre os candidatos de oposição para apoiar Vanhoni no segundo turno em Curitiba, o que tornaria as coisas mais difíceis para o PFL. Maurício Requião (PMDB) e Forte Netto (PSDB) já declararam o voto ao PT em um segundo turno.


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