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CURITIBA
Capital terá segundo turno
Pesquisas apontam derrotas para Lerner
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
As eleições deste ano no Paraná,
mesmo antes do resultado final
das urnas, podem trazer derrotas
importantes para o grupo do governador Jaime Lerner (PFL).
A maior pode ser em Curitiba,
onde há possibilidade de segundo
turno. O candidato à reeleição
Cássio Taniguchi (PFL) foi surpreendido na reta final pela oposição e pode enfrentar Angelo Vanhoni (PT) no final do mês.
Curitiba é tida como "fortaleza"
do lernerismo. A simples possibilidade de segundo turno é desastrosa. Nas três últimas eleições, o
grupo venceu no primeiro turno e
projetou o líder para o governo.
Lerner, que se manteve distante
da campanha na TV dos aliados
na maior parte da disputa, apareceu no último horário do PFL para pedir o voto a Taniguchi.
O PFL estava de "salto alto", segundo Taniguchi, desde que Roberto Requião (PMDB) decidiu
não disputar. A eleição considerada ganha com a decisão do senador, que lançou o irmão Maurício
em seu lugar. Outro irmão,
Eduardo Requião (PDT), também tentou abocanhar votos.
No interior, o desempenho dos
candidatos governistas mostra
que Lerner terá dificuldades para
fazer do ex-ministro Alceni Guerra seu sucessor no governo.
Guerra, ministro da Saúde no
governo Collor, desistiu da reeleição na cidade de Pato Branco para
assumir a Casa Civil de Lerner e
ser o candidato do PFL contra Requião e os irmãos Dias (os senadores Osmar e Álvaro) em 2002.
Ele se projetou porque Taniguchi e o deputado federal Rafael
Greca perderam força. No final da
campanha, Taniguchi declarou
que não concorrerá ao governo.
Greca ainda quer ser o candidato
do PFL, mas sua tumultuada saída do Ministério do Esporte e Turismo o alija da disputa agora.
Nas cinco principais cidades
-Londrina, Maringá, Cascavel,
Foz do Iguaçu e Ponta Grossa- a
situação governista é difícil.
A exceção é Maringá, onde o
prefeito Jairo Gianoto (PSDB)
aparece como certo para o segundo turno. Lerner não se beneficiaria sozinho de uma vitória: os irmãos Dias também apóiam Gianoto, e Lerner não tem garantia
de que haverá retorno em 2002.
Há um pacto entre os candidatos de oposição para apoiar Vanhoni no segundo turno em Curitiba, o que tornaria as coisas mais
difíceis para o PFL. Maurício Requião (PMDB) e Forte Netto
(PSDB) já declararam o voto ao
PT em um segundo turno.
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