|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FLORIANÓPOLIS
Marido governa SC
Ângela Amin pode ser reeleita ainda hoje
LUIZA DAMÉ
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
A eleição na capital catarinense
tende a ser decidida hoje. Ângela
Amin (PPB), candidata à reeleição numa aliança de sete partidos,
tem 73% de aprovação, segundo
pesquisa Datafolha divulgada há
três meses, e pode conquistar ainda hoje o segundo mandato.
Cinco candidatos concorrem
em Florianópolis. As 21 vagas na
Câmara Municipal são disputadas por 233 candidatos.
Mulher do governador Esperidião Amin (PPB), a prefeita tem
apoio também do presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen. Apesar de reunir dois
dos principais partidos no Estado, ela evita falar na vitória.
"Não há eleição fácil", disse. Em
1994, foi derrotada no segundo
turno para o governo pelo peemedebista Paulo Afonso Vieira.
Durante toda a campanha, Ângela foi o alvo principal dos demais candidatos. Mais do que sua
administração, os adversários criticaram o domínio político da família Amin em Santa Catarina.
Para Sérgio Grando, candidato
do PPS, surgiu no Estado a "casalcracia". Prefeito de Florianópolis
de 1992 a 1996, Grando é o principal adversário de Ângela. "Eles
têm a Câmara, a Assembléia."
O candidato do PMDB, deputado estadual João Henrique Blasi,
refere-se a ela e a Amin como "o
casal que trata nossa terra como
propriedade". Para ele, uma família -ligada ao governo federal-
manda no Estado e na cidade.
"A avaliação popular é a que interessa", afirmou Ângela, que evita revidar críticas e prefere tratar
do que fez a prefeitura. Ela não foi
a debates nem fez comícios.
O carro-chefe da prefeitura e da
campanha é o programa de habitação "Bom abrigo", que deverá
entregar 1.100 unidades até o final
do ano, segundo a prefeita.
"Há um eficiente esquema de
marketing que dá como vitoriosa
a candidatura da prefeita, num total desprezo à eleição", afirmou o
candidato Vânio dos Santos (PT).
O partido usou parte do horário
gratuito para explicar que não
apóia Grando, aliado do presidenciável Ciro Gomes (PPS-CE).
O petista corre por fora na disputa e não nega que o objetivo da
sua candidatura é organizar o
partido na capital catarinense. "O
partido estava desestruturado. A
campanha está servindo para revitalizar o partido", afirmou.
Rogério Portanova (PV) buscou
apoio de Gilberto Gil para alavancar a campanha. Ao som de música do filme "Eu, Tu, Eles", Gil pediu votos para o partido.
Texto Anterior: Curitiba: Pesquisas apontam derrotas para Lerner Próximo Texto: Cuiabá: Eleição deve ser definida neste turno Índice
|