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RECIFE
Meta é forçar segundo turno para impedir reeleição de Roberto Magalhães
Oposição faz aposta em militância
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Os partidos de oposição ao prefeito licenciado e candidato à reeleição Roberto Magalhães (PFL)
apostam na força da militância
para tentar levar a eleição ao segundo turno em Recife.
As cinco coligações que se
opõem a Magalhães esperam levar pelo menos 50 mil pessoas às
ruas hoje. A principal estratégia é
investir sobre os indecisos.
Só o candidato do PT, João Paulo, segundo colocado nas pesquisas, anuncia a adesão de 20 mil
voluntários ao trabalho de boca-de-urna. "Vamos estar em toda a
cidade", afirmou.
O petista acompanhará pessoalmente a panfletagem, percorrendo as ruas em carro aberto. Para
"reduzir o estresse individual e
coletivo", João Paulo participará,
às 7h de hoje, de uma sessão de
meditação transcendental.
Já o prefeito, primeiro colocado
nas pesquisas, quer evitar que o
clima de "já ganhou" difundido
em sua própria propaganda eleitoral desmobilize os simpatizantes de sua candidatura.
No encerramento da campanha, Magalhães pediu aos militantes que "não se deitem em berço esplêndido" e que estejam
atentos a eventuais boatos que
surgirem durante a votação.
O pefelista, que em 96 disputou
o Senado como favorito e perdeu,
estará acompanhado pelo governador Jarbas Vasconcelos
(PMDB), seu principal aliado.
A expectativa de todos os candidatos é saber qual o impacto provocado no eleitorado pela ausência do prefeito no debate promovido pela afiliada local da Rede
Globo na noite de quinta-feira.
Magalhães alegou que a campanha estava ""radicalizada" e que
sua presença no evento poderia
contribuir para o acirramento dos
ânimos. A oposição aproveitou
então e atacou o prefeito, que não
estava lá para se defender.
Em compensação, os adversários também foram taxados de
"desleais" e "mentirosos" durante
a caminhada seguida de minicomício e carreata realizada por ele
no momento do debate.
A Justiça Eleitoral, que em razão
das agressões chegou a proibir a
veiculação no rádio e TV da imagem, voz, nome e assinatura dos
candidatos por seus adversários,
informou que não pretende realizar uma "caça às bruxas" durante
o dia de votação.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o trabalho da
militância só será reprimido se for
realizado próximo às seções eleitorais.
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