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SALVADOR
Candidato petista à prefeitura da capital baiana espera inverter as indicações de
pesquisas de intenção de voto, que dão vitória em primeiro turno ao prefeito Imbassahy, do PFL
Afilhado de ACM deve assegurar vitória
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Quatro anos depois, a eleição
em Salvador (BA) para a escolha
do primeiro prefeito da capital
baiana do século 21 repete o mesmo cenário de 96: o pefelista Antonio Imbassahy tenta, como favorito, a reeleição contra o candidato petista, o deputado federal
Nelson Pellegrino.
Durante toda a semana, o petista tentou desacreditar as pesquisas, que apontam Imbassahy como favorito, e afirmou acreditar
na militância do partido.
"Em 96 aconteceu a mesma coisa. Diziam que ele (Imbassahy)
iria ganhar com facilidade e, por
pouco, não aconteceu o segundo
turno. Nossos candidatos e militantes não podem se deixar enganar pelas pesquisas que apontam
o representante da direita como
favorito", disse Pellegrino, que
também foi o candidato do PT na
última eleição.
Apoiado pelo senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL) e pelo governador César Borges (PFL), o
prefeito Antonio Imbassahy disse
que vai vencer com uma diferença
de 300 mil votos.
"Os eleitores de Salvador já optaram pela manutenção do mesmo grupo político no poder. Afinal, com a liderança do senador
Antonio Carlos Magalhães, nós
conseguimos tirar Salvador do
caos", disse Imbassahy à Agência
Folha.
Com outros três candidatos disputando a sucessão da primeira
capital brasileira -João Henrique Carneiro (PDT), Arthur Maia
(PSDB) e Antônio Eduardo Alves
de Oliveira (PCO) -, a campanha política em Salvador foi marcada pela tranquilidade.
Somente nas últimas três semanas é que o PT acirrou um pouco
mais a disputa, ao escolher o senador ACM, líder do principal
grupo político do Estado, como o
principal alvo de acusações.
Em seus programas eleitorais, o
PT insinuou uma comparação
entre ACM e os ditadores Adolf
Hitler (Alemanha), Benito Mussolini (Itália) e Augusto Pinochet
(Chile). O anúncio do PT, no entanto, não citou em nenhum momento o nome do presidente do
Senado. A Justiça Eleitoral acabou
o retirando do ar, assim como tirou a resposta do PFL.
Em resposta à comparação,
ACM atacou o PT baiano. "Quando esteve no poder, o PT demonstrou que não sabe governar."
Tranquilo em relação à vitória
de Imbassahy, Antonio Carlos
Magalhães quer aproveitar a eleição de hoje para ampliar o seu domínio no Estado. "Vou ganhar a
eleição em 390 dos 417 municípios baianos", prevê o presidente
do Senado.
Das dez maiores cidades do Estado, ACM teme apenas pela derrota em Vitória da Conquista (505
km a sudoeste de Salvador).
"Com exceção de Vitória da
Conquista, onde a eleição está
muito disputada, vou ganhar em
todas as outras grandes cidades",
afirmou o cacique, que passou a
semana final da campanha em
seu Estado participando de comícios, carreatas e encontro de candidatos com eleitores em diversas
cidades.
Dos 417 municípios baianos,
dois escolherão seus prefeitos pela primeira vez: Barrocas e Luís
Eduardo Magalhães -este última batizada em homenagem deputado federal, filho de ACM,
morto por enfarte em abril de
1998.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia, os resultados da eleição em Salvador
deverão ser anunciados oficialmente às 10h de amanhã. A contagem, extra-oficialmente, deverá
estar encerrada entre a noite de
hoje e a madrugada de amanhã.
Até a próxima quarta-feira, o
TRE espera divulgar a relação de
todos os prefeitos e vereadores
eleitos no Estado.
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