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Carta não basta para o mercado, afirma Malan
DE WASHINGTON
O ministro da Fazenda,
Pedro Malan, disse ontem
que cabe ao próximo presidente da República, e não o
atual, acalmar os mercados
financeiros. E, numa provável alusão ao petista Luiz
Inácio Lula da Silva, afirmou
que não basta "escrever uma
carta" para pôr fim às incertezas do mercado. Em junho, o PT divulgou a "Carta
ao Povo Brasileiro", por
meio da qual prometeu honrar dívidas e cumprir acordos internacionais.
"Não basta escrever uma
carta há alguns meses e
achar que não vai pairar
mais nenhuma dúvida em
nenhuma pessoa do mundo
porque se escreveu uma carta. É preciso angariar credibilidade com perseverança."
Malan disse que a responsabilidade maior de lidar
com as atuais incertezas do
mercado é do futuro presidente. "Nós podemos fazer
alguma coisa, mas a responsabilidade fundamental é
daquele que for eleito presidente. Caberá a ele dirimir
dúvidas de maneira crível e
confiável, com o anúncio da
sua equipe econômica.
(MARCIO AITH)
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