São Paulo, terça-feira, 01 de outubro de 2002

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Promotor pede a absolvição de ex-prefeito

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a absolvição do ex-prefeito paulistano Celso Pitta (PSL) no caso em que ele é acusado de corrupção passiva, por receber empréstimos do empresário Jorge Yunes, tesoureiro de sua campanha a prefeito, em 1996.
A Promotoria considera que não há provas conclusivas contra Pitta e Yunes, acusado de corrupção ativa. O juiz ainda aguarda a manifestação final da defesa dos acusados para dar a sentença.
A Folha apurou que o fato de Pitta ter registrado a transação em cartório e no seu Imposto de Renda contribuiu para as considerações favoráveis ao ex-prefeito feitas pela Promotoria.
Yunes emprestou R$ 800 mil a Pitta, entre junho de 1997 e setembro de 1999, depois que os bens de Pitta foram bloqueados pela Justiça. Os juros são de apenas 6% ao ano e os prazos de pagamento venceram, mas não houve devolução.
Segundo a denúncia, Pitta teria usado o cargo que exercia para beneficiar o credor e amigo. O ex-prefeito enviou um projeto de lei à Câmara para mudar o zoneamento de áreas em que Yunes tem imóveis.
Pitta também sofre uma ação civil por causa dos empréstimos e chegou a ser afastado do cargo por conta desse processo.
A Folha procurou Yunes em sua casa, mas não conseguiu falar com o empresário. "A Justiça começa a ser feita e isso é bom para todos", disse Pitta, por meio de sua assessoria.


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