São Paulo, sexta-feira, 01 de novembro de 2002

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Petistas se reúnem com Armínio

ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Antônio Palocci Filho, coordenador da equipe de transição do PT, e o senador eleito Aloizio Mercadante (PT-SP) tiveram ontem a primeira reunião oficial com Armínio Fraga, presidente do Banco Central, após as eleições. O encontro, que durou três horas, aconteceu na sede do Banco Central em São Paulo.
De acordo com Palocci, a pauta dessa primeira reunião foi genérica e os principais assuntos discutidos foram o "andamento do processo econômico" e as principais atividades do BC.
A revisão do acordo do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional), marcada para o próximo mês, e a sucessão no Banco Central, segundo ele, não foram debatidos.
Palocci disse, no entanto, que são grandes as chances de que seu partido indique antes de meados de dezembro o próximo presidente do BC.

Recesso
Pela legislação, se essa nomeação não ocorrer até 15 de dezembro, quando o Congresso entra em recesso, terá de ser adiada até fevereiro do próximo ano, o que implicaria a continuação de Armínio no cargo durante o início do próximo governo.
"Em princípio o novo governo terá um novo presidente do Banco Central. O mais provável é que o novo presidente do Banco Central seja indicado agora no fim do ano", afirmou Palocci.
Segundo Palocci, não é necessário que o novo presidente do BC acompanhe o período de transição porque certamente será alguém com "a experiência necessária". Palocci se reunirá na próxima segunda-feira com o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Também está previsto um novo encontro com Armínio na semana que vem.

Ministeriáveis
Palocci afirmou ontem que o objetivo da equipe de transição não é o de preparar profissionais para assumir cargos importantes no próximo governo.
Mercadante também disse à Folha que não haverá "ministeriáveis" na equipe de transição. O deputado ressalvou que a exceção é o próprio Palocci.
"Não vai haver ninguém notável nessa comissão". Segundo o deputado, uma das prioridades do PT agora é a definição do Orçamento para o próximo ano. O partido estuda possíveis novas fontes para compensar a forte queda de receitas extraordinárias prevista para 2003.



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