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Petistas se reúnem com Armínio
ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Antônio Palocci Filho, coordenador da equipe de transição do
PT, e o senador eleito Aloizio
Mercadante (PT-SP) tiveram ontem a primeira reunião oficial
com Armínio Fraga, presidente
do Banco Central, após as eleições. O encontro, que durou três
horas, aconteceu na sede do Banco Central em São Paulo.
De acordo com Palocci, a pauta
dessa primeira reunião foi genérica e os principais assuntos discutidos foram o "andamento do
processo econômico" e as principais atividades do BC.
A revisão do acordo do Brasil
com o FMI (Fundo Monetário Internacional), marcada para o próximo mês, e a sucessão no Banco
Central, segundo ele, não foram
debatidos.
Palocci disse, no entanto, que
são grandes as chances de que seu
partido indique antes de meados
de dezembro o próximo presidente do BC.
Recesso
Pela legislação, se essa nomeação não ocorrer até 15 de dezembro, quando o Congresso entra
em recesso, terá de ser adiada até
fevereiro do próximo ano, o que
implicaria a continuação de Armínio no cargo durante o início
do próximo governo.
"Em princípio o novo governo
terá um novo presidente do Banco Central. O mais provável é que
o novo presidente do Banco Central seja indicado agora no fim do
ano", afirmou Palocci.
Segundo Palocci, não é necessário que o novo presidente do BC
acompanhe o período de transição porque certamente será alguém com "a experiência necessária". Palocci se reunirá na próxima segunda-feira com o secretário da Receita Federal, Everardo
Maciel. Também está previsto um
novo encontro com Armínio na
semana que vem.
Ministeriáveis
Palocci afirmou ontem que o
objetivo da equipe de transição
não é o de preparar profissionais
para assumir cargos importantes
no próximo governo.
Mercadante também disse à Folha que não haverá "ministeriáveis" na equipe de transição. O
deputado ressalvou que a exceção
é o próprio Palocci.
"Não vai haver ninguém notável nessa comissão". Segundo o
deputado, uma das prioridades
do PT agora é a definição do Orçamento para o próximo ano. O
partido estuda possíveis novas
fontes para compensar a forte
queda de receitas extraordinárias
prevista para 2003.
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