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DIA DE PROTESTOS
Protestos ocorreram em outras seis capitais; faixas pediam para Lula romper com o Fundo
Ato reúne 4.000 contra Alca e FMI em SP
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
Pedindo o fim das negociações
em torno da Alca (Área de Livre
Comércio das Américas) e a
ruptura do acordo brasileiro
com o FMI (Fundo Monetário
Internacional), cerca de 4.000
pessoas participaram ontem à
tarde de um ato pacífico na avenida Paulista, em São Paulo.
Em menor escala, houve também manifestações anti-Alca organizadas por movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda no Rio de Janeiro e em
Belém, Curitiba, Fortaleza, Belo
Horizonte e Porto Alegre.
Algumas lideranças petistas
participaram do ato em São Paulo. O PT tem defendido uma negociação soberana do país em
relação ao acordo comercial.
Em São Paulo, o ato transcorreu durante uma hora e meia
sem incidentes, ao contrário do
ano passado, quando houve depredações, confrontos com a
PM e dezenas de feridos.
Em meio à passeata, havia centenas de bandeiras da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), do PT, do PC do B, do
PSTU, além de faixas que pediam a Luiz Inácio Lula da Silva
o rompimento com o FMI e a
não-negociação da Alca. Alguns
cartazes pediam paz no Iraque e
no Oriente Médio.
A caminhada terminou com
discursos inflamados em frente
ao prédio do Banco Central. Antes, diante do Citibank, alguns
manifestantes queimaram uma
bandeira norte-americana.
Os deputados federais reeleitos pelo PT Ivan Valente e Luiz
Eduardo Greenhalgh compareceram ao ato. "A proposta da Alca prejudica todos os países de
mesmo nível de desenvolvimento. O PT já disse que é contra as
negociações. Isso é uma questão
definitiva", disse Valente.
No Rio, cerca de 200 manifestantes fizeram o enterro simbólico da Alca em frente ao Consulado dos EUA. O PSTU lamentou
a ausência dos petistas.
O fim do ato foi marcado pela
queima da bandeira americana e
de uma cartola que estava sobre
a cabeça de um boneco do presidente dos EUA, George W.
Bush. Um dos manifestantes jogou areia em um policial e fugiu
depois de causar um tumulto.
Em Fortaleza, o ato reuniu cerca de 400 pessoas, que queimaram uma bandeira dos EUA e
protestaram em frente a uma loja do McDonald's. Da mesma
forma, cerca de 35 integrantes
do Comitê Mineiro do Fórum
Social Mundial protestaram no
centro de Belo Horizonte.
Em Curitiba, 300 estudantes
participaram de protesto organizado pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pela Ubes
(União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas). Em Porto Alegre, 200 manifestantes fizeram
um protesto em frente ao Citibank. Em Belém, cem pessoas ligadas à CPT (Comissão Pastoral
da Terra) e a entidades sindicais
participaram de caminhada em
direção ao consulado dos EUA.
Colaboraram a Sucursal do Rio e a
Agência Folha
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