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Aécio e Palocci
discutem fundo
de exportações
DA SUCURSAL DO RIO
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
O governador mineiro, Aécio
Neves (PSDB), procurou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci
Filho, anteontem, para tratar de
uma saída para a regulamentação
do fundo de desoneração das exportações para os Estados.
Aécio disse ao ministro, segundo o seu relato, que a aprovação
da reforma no Senado até o final
do ano pode inviabilizar a regulamentação do fundo compensador
dos Estados por não cobrar ICMS
sobre os produtos exportados.
Dessa forma, os recursos de R$
8,5 bilhões previstos no fundo não
poderiam estar disponíveis aos
governadores no ano que vem.
O mineiro disse ter sugerido a
regulamentação por meio de medida provisória, assim como está
sendo defendido no caso da Cide
(tributo sobre combustíveis).
Isso permitiria que a medida
passasse a valer o mais breve possível, evitando eventuais perdas
de receitas para os cofres estaduais -Estados e municípios
pretendem ficar com 25% do valor arrecadado pela União.
"Tem de ser por meio de medida provisória porque muito provavelmente não teremos tempo
hábil", disse o governador, referindo-se à Cide e ao fundo de desoneração. Contestado novamente sobre a proposta, Aécio disse
que sugerira a MP apenas para o
caso da Cide. De acordo com o
governador mineiro, Palocci levaria a questão para o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva analisar.
Aécio e o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
têm demonstrado preocupação
em relação à aprovação do texto
da reforma sem que haja no Orçamento de 2004 a previsão de receitas para compensar eventuais
perdas para os Estados.
Os dois tucanos chegaram juntos ao evento do PPS e do PSDB
realizado ontem no Rio. Aécio
disse que conversaram sobre a reforma no caminho do aeroporto
até o hotel onde era realizado o
encontro. Alckmin declarou não
terem tratado do assunto.
O governador paulista voltou a
criticar a guerra fiscal. "Sou da
paz. Sou contra a guerra fiscal",
disse Alckmin, que completou:
"O projeto original não previa
constitucionalizar a guerra fiscal".
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