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Serra diz a prefeitos que manterá investimento
Segundo governador, foram adotadas no Estado medidas preventivas contra crise financeira mundial
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra, afirmou ontem, em
discurso para cerca de cem prefeitos, que não reduzirá os investimentos do Estado, apesar
da gravidade da crise mundial.
"Não fiquem aflitos com efeitos da crise, pelo menos na capacidade de investimento do
governo do Estado. Ela vai continuar. Isso não significa que
não devamos tomar muito cuidado, redobrar nossos esforços", disse o governador, arrancando aplausos dos prefeitos.
Tanto em discurso como em
entrevista, Serra insistiu no argumento de que o governo não
pode dar sinais de rendição
diante da crise. Serra disse que
o padrão de investimento -de
R$ 18 bilhões só no ano que
vem- "é o mais elevado que já
se fez nas últimas décadas".
"E vamos continuar [o investimento] porque é essencial, especialmente em hora de crise,
para elevar emprego e manter
desenvolvimento: dar a sinalização do poder público de que a
crise deve e pode ser enfrentada e vai ser vencida", afirmou.
Segundo ele, adiar o leilão de
cinco lotes rodoviários ao setor
privado seria "uma confissão
de que a crise está dominando
São Paulo".
O governador -que se vale
da imagem do administrador
eficiente- acenou com a hipótese de corte no custeio (gastos
com a máquina), para preservar investimentos. Segundo
Serra, o governo adotou medidas preventivas contra a crise,
além do que chamou de "padrão de austeridade".
"Estamos preparados, a área
econômico-financeira de São
Paulo, para enfrentar as conseqüências da crise. E não vamos
reduzir investimentos."
Entre as medidas listadas pelo secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, estão projetos que coíbem a sonegação do
IPVA e aceleram a tramitação
de cobrança de dívida. Outra
medida é a venda de recebíveis.
Serra anunciou ontem investimentos em estradas que somam R$ 1,7 bilhão. O dinheiro
foi obtido com a concessão de
cinco trechos rodoviários. Para
a exploração desses lotes, os
consórcios pagarão R$ 3,5 bilhões ao Estado. "Nós contamos com vocês. Podem contar
conosco", encerrou.
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