São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Serra diz a prefeitos que manterá investimento

Segundo governador, foram adotadas no Estado medidas preventivas contra crise financeira mundial

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, José Serra, afirmou ontem, em discurso para cerca de cem prefeitos, que não reduzirá os investimentos do Estado, apesar da gravidade da crise mundial.
"Não fiquem aflitos com efeitos da crise, pelo menos na capacidade de investimento do governo do Estado. Ela vai continuar. Isso não significa que não devamos tomar muito cuidado, redobrar nossos esforços", disse o governador, arrancando aplausos dos prefeitos.
Tanto em discurso como em entrevista, Serra insistiu no argumento de que o governo não pode dar sinais de rendição diante da crise. Serra disse que o padrão de investimento -de R$ 18 bilhões só no ano que vem- "é o mais elevado que já se fez nas últimas décadas".
"E vamos continuar [o investimento] porque é essencial, especialmente em hora de crise, para elevar emprego e manter desenvolvimento: dar a sinalização do poder público de que a crise deve e pode ser enfrentada e vai ser vencida", afirmou.
Segundo ele, adiar o leilão de cinco lotes rodoviários ao setor privado seria "uma confissão de que a crise está dominando São Paulo".
O governador -que se vale da imagem do administrador eficiente- acenou com a hipótese de corte no custeio (gastos com a máquina), para preservar investimentos. Segundo Serra, o governo adotou medidas preventivas contra a crise, além do que chamou de "padrão de austeridade".
"Estamos preparados, a área econômico-financeira de São Paulo, para enfrentar as conseqüências da crise. E não vamos reduzir investimentos."
Entre as medidas listadas pelo secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, estão projetos que coíbem a sonegação do IPVA e aceleram a tramitação de cobrança de dívida. Outra medida é a venda de recebíveis.
Serra anunciou ontem investimentos em estradas que somam R$ 1,7 bilhão. O dinheiro foi obtido com a concessão de cinco trechos rodoviários. Para a exploração desses lotes, os consórcios pagarão R$ 3,5 bilhões ao Estado. "Nós contamos com vocês. Podem contar conosco", encerrou.


Texto Anterior: Memória: Publicitário fez campanhas de Lula e Maluf
Próximo Texto: Diplomacia: Anúncio da visita de Amorim ao Irã cria mal-estar com Israel
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.