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LEGISLATIVO
Decisão sairá neste mês Reajuste salarial opõe líderes do Congresso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os presidentes do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e da Câmara dos Deputados,
Michel Temer (PMDB-SP), vão
decidir neste mês sobre o pagamento do reajuste salarial aos
funcionários do Congresso Nacional. O aumento de 11,98% quase foi autorizado no apagar das luzes do ano legislativo.
A Folha apurou que Temer sugeriu a ACM a edição de um ato
conjunto autorizando o pagamento do reajuste aos servidores
públicos, referente a perdas salariais provocadas pela implantação do Plano Real, em 1994.
Quando recebeu a proposta,
ACM estava presidindo a sessão
de votação do Orçamento de 2001
e disse que só autorizaria o aumento depois de consultar o governo federal. O senador mandou
dizer a Temer que a decisão sobre
o aumento dos servidores ficará
para o final da gestão dos dois no
comando do Congresso.
ACM disse a parlamentares que
prometeu ao ministro Pedro Parente (Casa Civil) não autorizar o
pagamento do reajuste aos funcionários do Senado.
O aumento de 11,98% foi concedido por decisão judicial aos funcionários do Poder Judiciário. A
decisão foi criticada pela equipe
econômica. Os servidores do Legislativo já tiveram vitória em primeira instância na Justiça.
Os funcionários do Judiciário e
do Legislativo alegam ter sido
prejudicados porque recebem salários no dia 20 de cada mês. Em
abril de 1994, os servidores tiveram o salário convertido de cruzeiro real para URV (Unidade
Real de Valor) no dia 30, o que
acarretou a perda de 11,98%.
Temer está sendo pressionado
por integrantes da Mesa da Câmara a conceder o aumento, mas
condiciona sua decisão a um
acordo com o presidente do Senado. O ato concedendo o aumento
para os funcionários da Câmara
está pronto, mas ainda falta a assinatura de Temer.
No final de novembro, o Congresso aprovou um remanejamento de recursos para pagar o
reajuste salarial durante a votação
de propostas de crédito suplementar ao Orçamento de 2000 enviadas pelo governo.
As emendas foram apresentadas pelo primeiro-secretário da
Câmara, deputado Ubiratan
Aguiar (PSDB-CE), e pelo próprio
senador Antonio Carlos Magalhães. Na Câmara foram destinados R$ 19 milhões para o pagamento do reajuste; no Senado, foram destinados R$ 13,5 milhões.
Além da incorporação do reajuste de 11,98%, os servidores do
Poder Legislativo devem receber
81 parcelas atrasadas do índice
-de abril de 1994 a dezembro do
ano passado.
Deputados e senadores que estavam no Congresso em abril de
1994 terão direito a receber uma
indenização pelos prejuízos no
salário até janeiro de 1995, quando tiveram aumento e abriram
mão dos reajustes sobre salários
anteriores. A estimava é que haja
250 parlamentares nessa situação.
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