São Paulo, quinta-feira, 02 de janeiro de 2003

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DE OLHO NO 'COMANDANTE'

Cubano é homenageado por parentes do presidente que vieram de PE

Fidel manda beijo a primos de Lula

GABRIELA ATHIAS
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Antes de assistir à posse do primo, os parentes de Luiz Inácio Lula da Silva que vieram de Caetés (agreste pernambucano) para Brasília saudaram o presidente cubano, Fidel Castro.
Levaram faixas para a porta do hotel em que Fidel hospedou-se, juntaram-se a outros militantes e gritaram alguns bordões de apoio a Cuba: "Fidel, cabra da peste, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver".
Um funcionário do Itamaraty anotou o nome dos primos para informar a Fidel Castro o parentesco entre Lula e alguns dos manifestantes. Ao entrar no carro que o levaria à posse, o presidente cubano mandou um beijo para o grupo de Caetés.
Os 17 primos (seis de 1º grau) integram a chamada "Caravana da Esperança", que viajou 40 horas de ônibus de Garanhuns (PE) para assistir à posse. "Já estávamos unidos em torno de Lula, agora Fidel nos soltou um beijinho. Fidel e Lula compartilham do mesmo sentimento", disse Jorge Araújo, 84, um dos parentes da Caravana.
Depois de homenagear Fidel Castro, os primos de Lula caminharam pelo Eixo Monumental em direção ao Palácio do Planalto, carregando faixas.
Os três primos de Lula que conseguiram convite para assistir à posse no Congresso Nacional caminharam pelo Eixo levando terno e gravata embrulhados em um saco plástico.
"Apertei a mão dele e desejei boa sorte", disse o primo Antônio Ferreira, um dos três que assistiu à entrada de Lula no Congresso pelo Salão Negro.
O resto do grupo acompanhou a posse em frente ao Palácio do Planalto. Andaram a pé escoltados por policiais militares, que os ajudaram a cruzar a multidão. O grupo se emocionou quando Lula, em seu discurso no parlatório, citou os "irmãos" de Garanhuns e Caetés.
Os seis irmãos de Lula e os primos de 1º grau que vivem em São Paulo assistiram à transmissão de faixa da galeria do salão principal do Planalto."Tudo isso [a posse] porque um dia levei meu irmão a um sindicato", disse José Ferreira, mais conhecido como Frei Chico.



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