São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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Lula promete crescer com inclusão e combater "terror"

Reempossado, presidente classifica onda de violência no Rio de "terrorismo"

Ao ser empossado ontem para o seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 61, anunciou a substituição do verbo "mudar", tônica de seu discurso em 2003, por outras três conjugações: "Acelerar, crescer e incluir". O petista, 39º presidente da República, reeleito com 60,83% dos votos válidos (58.295.042 de votos), afirmou que não foi escolhido para "ouvir a velha ladainha conformista".
Em discurso de 37 minutos no Congresso, Lula anunciou que adotará nos próximos quatro anos o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Evitou comprometer-se com a meta de crescimento de 5% do PIB e não antecipou detalhes do pacote que anunciará ao final do mês para destravar a economia. Lula disse que sua vitória demonstra que "o povo optou um lado". Defendeu o Bolsa Família, afirmando que "nunca foi política compensatória, e sim criadora de direitos".
Em comparação a 2003, a posse foi esvaziada. No primeiro mandato, 150 mil assistiram ao evento. Ontem, a estimativa foi de 10 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Ao falar à população, Lula classificou de "terrorismo" a onda de violência no Rio de Janeiro e pediu a "mão forte do Estado" para combatê-lo.
Os 27 governadores também tomaram posse ontem. Em São Paulo, o governador José Serra (PSDB), nome forte da oposição, ao lado do mineiro Aécio Neves, para a sucessão de 2010, optou por um discurso com enfoque nacional e atacou a "pasmaceira econômica" e os deslizes éticos na política. "Tenho para mim que a ineficiência crônica, a corrupção, o compadrio e o fisiologismo desmoralizam a democracia", disse.


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