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Lula promete crescer com inclusão e combater "terror"
Reempossado, presidente classifica onda de violência no Rio de "terrorismo"
Ao ser empossado ontem para o seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 61, anunciou a substituição do verbo "mudar", tônica de seu
discurso em 2003, por outras três conjugações: "Acelerar, crescer e incluir". O petista, 39º presidente da
República, reeleito com 60,83% dos votos válidos
(58.295.042 de votos), afirmou que não foi escolhido
para "ouvir a velha ladainha conformista".
Em discurso de 37 minutos no Congresso, Lula
anunciou que adotará nos próximos quatro anos o
PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Evitou
comprometer-se com a meta de crescimento de 5% do
PIB e não antecipou detalhes do pacote que anunciará
ao final do mês para destravar a economia. Lula disse
que sua vitória demonstra que "o povo optou um lado". Defendeu o Bolsa Família, afirmando que "nunca
foi política compensatória, e sim criadora de direitos".
Em comparação a 2003, a posse foi esvaziada. No
primeiro mandato, 150 mil assistiram ao evento. Ontem, a estimativa foi de 10 mil pessoas na Esplanada
dos Ministérios. Ao falar à população, Lula classificou
de "terrorismo" a onda de violência no Rio de Janeiro
e pediu a "mão forte do Estado" para combatê-lo.
Os 27 governadores também tomaram posse ontem.
Em São Paulo, o governador José Serra (PSDB), nome
forte da oposição, ao lado do mineiro Aécio Neves, para a sucessão de 2010, optou por um discurso com enfoque nacional e atacou a "pasmaceira econômica" e
os deslizes éticos na política. "Tenho para mim que a
ineficiência crônica, a corrupção, o compadrio e o fisiologismo desmoralizam a democracia", disse.
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