DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Não foi só no público geral e na presença de autoridades que a posse de Lula fracassou. A expectativa de uma presença forte de beneficiados de programas sociais foi frustrada.
Dos sete convidados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que centraliza essas ações, só dois apareceram.
Dois catadores de papel não apareceram para pegar suas credenciais. Um idoso desistiu por causa da chuva e por problemas no carro do filho. Um deficiente físico também teve problemas de locomoção. Uma menina do Agente Jovem estava num carro que bateu a caminho do evento, e, por ter ficado assustada, desistiu.
Mas também havia muitos representantes de movimentos sociais, além de beneficiados de programas de outros ministérios, como Ismael Mendes da Rocha, 12, Carliane Sousa Silva, 16, e Joice Natalina Santana Costa, 11, os três do programa Segundo Tempo, que oferece atividades esportivas depois das aulas. Os três são de Valparaíso de Goiás (GO), num bom exemplo da tática do Palácio do Planalto de tentar conter gastos e evitar ausências, ao convidar pessoas de locais próximos a Brasília. "Eu gosto muito dele [Lula]. Toda minha família vota nele", disse Carliane, que tem mais dois irmãos no programa. Sua mãe recebe Bolsa Família.
Um dos dois convidados do Ministério do Desenvolvimento Social que foram, André Luiz Vieira de Almeida, 16, parecia assustado. Quieto, só observava, ao lado da mãe, que foi com ele de São Sebastião, uma cidade-satélite de Brasília.
A outra beneficiada por programa social era Maria Ferreira da Costa, 44, que recebe o Bolsa Família e o Peti, de erradicação do trabalho infantil.
A maioria dos convidados não teve problemas nos aeroportos, mas alguns não conseguiram chegar, como Manoel dos Santos, da Contag. (PDL E ES)


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