São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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Yeda diz que crise financeira dificultará início da gestão e que adotará diálogo

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A governadora eleita do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), assumiu ontem o cargo afirmando que sua administração ""terá um início difícil" pela ""situação financeira de crise que vive o Rio Grande do Sul", mas se disse disposta a impor um ""novo jeito de governar", com diálogo.
Sem citar diretamente o episódio da semana passada -em que um projeto prevendo aumento de impostos, corte de gastos e congelamento de vencimentos foi rejeitado pela Assembléia Legislativa do Estado-, Yeda disse que conversou "à exaustão com os partidos".
Ela tomou posse afirmando que sua prioridade é zerar o déficit público em dois anos. Em sua administração, pretende implementar metas periódicas a secretários, com a observância de dois critérios: "esforço e resultado". Anteontem, Yeda havia dito à Folha que a primeira medida que tomará será pressionar a União para recebimento de recursos.
O vice-governador, Paulo Feijó (PFL), e três deputados estaduais indicados para ser secretários e que renunciaram antes de assumir opuseram-se à proposta fiscal.
Por isso, para Yeda, o PFL -partido que compôs sua coligação já no primeiro turno, com PSDB e PPS- se colocou na oposição.
Na praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, onde ocorreu a cerimônia de posse, não havia grandes aglomerações de pessoas.
Quando chegou à Assembléia para a posse, cercada pela imprensa, Yeda foi breve. ""É um desafio imenso, temos de honrar o Rio Grande. O novo está logo ali adiante", afirmou a governadora, que, em diversos momentos, principalmente quando falou da sua família, emocionou-se.

Equipe completa
Para completar seu secretariado, Yeda indicou o economista Ariosto Culau, ex-secretário do Ministério do Planejamento e funcionário de carreira, para ser o novo secretário do Planejamento. Culau assume a vaga que seria do deputado Berfran Rosado (PPS), contrário ao projeto fiscal.
Além de Berfran, renunciaram Marquinho Lang (PFL), que seria secretário da Justiça e Inclusão Social, e Jerônimo Goergen (PP), que seria da Agricultura. Na Justiça e Inclusão Social, assume o cientista político Fernando Schüller (PSDB). Na Agricultura, Celso Bernardi (PP).
Em seu discurso de despedida, o ex-governador Germano Rigotto (PMDB) fez agradecimentos e lembrou a situação financeira crítica que enfrentou em sua administração.


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