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Yeda diz que crise financeira dificultará início da gestão e que adotará diálogo
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A governadora eleita do Rio
Grande do Sul, Yeda Crusius
(PSDB), assumiu ontem o cargo afirmando que sua administração ""terá um início difícil"
pela ""situação financeira de crise que vive o Rio Grande do
Sul", mas se disse disposta a impor um ""novo jeito de governar", com diálogo.
Sem citar diretamente o episódio da semana passada -em
que um projeto prevendo aumento de impostos, corte de
gastos e congelamento de vencimentos foi rejeitado pela Assembléia Legislativa do Estado-, Yeda disse que conversou
"à exaustão com os partidos".
Ela tomou posse afirmando
que sua prioridade é zerar o déficit público em dois anos. Em
sua administração, pretende
implementar metas periódicas
a secretários, com a observância de dois critérios: "esforço e
resultado". Anteontem, Yeda
havia dito à Folha que a primeira medida que tomará será
pressionar a União para recebimento de recursos.
O vice-governador, Paulo
Feijó (PFL), e três deputados
estaduais indicados para ser
secretários e que renunciaram
antes de assumir opuseram-se
à proposta fiscal.
Por isso, para Yeda, o PFL
-partido que compôs sua coligação já no primeiro turno,
com PSDB e PPS- se colocou
na oposição.
Na praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, onde
ocorreu a cerimônia de posse,
não havia grandes aglomerações de pessoas.
Quando chegou à Assembléia para a posse, cercada pela
imprensa, Yeda foi breve. ""É
um desafio imenso, temos de
honrar o Rio Grande. O novo
está logo ali adiante", afirmou a
governadora, que, em diversos
momentos, principalmente
quando falou da sua família,
emocionou-se.
Equipe completa
Para completar seu secretariado, Yeda indicou o economista Ariosto Culau, ex-secretário do Ministério do Planejamento e funcionário de carreira, para ser o novo secretário do
Planejamento. Culau assume a
vaga que seria do deputado
Berfran Rosado (PPS), contrário ao projeto fiscal.
Além de Berfran, renunciaram Marquinho Lang (PFL),
que seria secretário da Justiça e
Inclusão Social, e Jerônimo
Goergen (PP), que seria da
Agricultura. Na Justiça e Inclusão Social, assume o cientista
político Fernando Schüller
(PSDB). Na Agricultura, Celso
Bernardi (PP).
Em seu discurso de despedida, o ex-governador Germano
Rigotto (PMDB) fez agradecimentos e lembrou a situação financeira crítica que enfrentou
em sua administração.
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